ENCHENTE - BR 364 é fechada e isola Acre
Quinta-Feira, 20 de Fevereiro de 2014 / 01:00 - Atualizado em Quinta-Feira, 20 de Fevereiro de 14 / 10:53
A Polícia Rodoviária Federal divulgou nota esclarecendo sobre o fechamento da BR 364, no trecho do Km 868 até o Km 871 - sentido Acre - devido a cheia do rio Madeira, que já está tomando conta de parte da pista e dificultando o acesso dos veículos. Para piorar ainda mais a situação os trechos alagados apresentam correntezas. O DNIT demarcou o trecho de risco sinalizando com estacas. Confira abaixo a nota (atualizada):
NOTA DA PRF - Em virtude do trecho compreendido do km 868 até o km 871 da BR 364 sentido Acre estar tomado pelas aguas do rio Madeira e apresentar forte correnteza no local, a Polícia Rodoviária Federal em conjunto com o DNIT visando a manutenção da segurança e preservação de vidas dos usuários da rodovia interrompeu o tráfego dos veículos pequenos neste local as 19 horas de ontem (19.02) da BR 364 sentido Acre.
NOTA DA PRF - Em virtude do trecho compreendido do km 868 até o km 871 da BR 364 sentido Acre estar tomado pelas aguas do rio Madeira e apresentar forte correnteza no local, a Polícia Rodoviária Federal em conjunto com o DNIT visando a manutenção da segurança e preservação de vidas dos usuários da rodovia interrompeu o tráfego dos veículos pequenos neste local as 19 horas de ontem (19.02) da BR 364 sentido Acre.
No que se refere aos veículos maiores, o DNIT está fazendo a instalação de estacas para sinalizar a rodovia, caso a sinalização surta o efeito esperado os veículos grandes poderão passar, caso contrario a pista será interrompida também para esta categoria de veículos
Pedimos a compreensão e o apoio da população para aguardarem para efetuarem sua viagem pois, na primeira hora de amanhã uma equipe de técnicos do DNIT irá efetuar uma avaliação da rodovia e caso esta apresente melhores condições de transitabilidade, a pista será liberada
Estamos trabalhando visando garantir a segurança dos usuários da rodovia.
Confira vídeo sobre a situação da BR 364 na região de Abunã e Mutum-Paraná publicado ontem no site AC24Horas.
Fonte: prf
BR-364 que liga Rondônia ao Acre é interditada
Água sobre a rodovia chega a quase um metro; trafegabilidade de caminhões para abastecimento do Acre está impedida
PORTO VELHO - A BR-364, rodovia que liga Porto Velho (RO) ao Estado do Acre, está interditada completamente desde a noite de quinta-feira (20) devido a cheia histórica do rio Madeira e afluentes. De acordo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a suspensão do trânsito foi necessário devido a alagação chegar a quase um metro de altura no trecho que compreende os quilômetros 701 ao 868. Todo tipo de transporte está proibido, inclusive os caminhões que utilizam a rota para abastecer o Estado do Acre.

Chuvas na região
A expectativa do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) é que o rio Madeira passe a ter vazão de água a partir do dia 24, mas a chefe de operação na região, Ana Strava, alerta que essa é uma semana crítica para o rio Madeira. "O manancial está recebendo um grande volume de água proveniente das precipitações que ocorreram no dia 14 na cabeceira, mas precisamente na bacia do rio Beni", explica.
21/02/2014 12h36- Atualizado em 21/02/2014 12h36
Veja fotos da enchente histórica em Porto Velho nesta sexta
Nível do Rio Madeira atinge 18,01m, cota máxima dos últimos 50 anos.

Cidades
23/02/2014
16h02
por Portal Amazônia, com informações da Agência BrasilRio Madeira atinge 18 metros e Rondônia pode decretar estado de calamidade
Defesa Civil do Estado estima que existam mais de 2 mil famílias desabrigadas somente em Porto Velho
Aumento no nível do rio, o governo estadual de Rondônia estuda decretar estado de calamidade, segundo informou o coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Pimentel. De acordo com ele, o número de famílias desabrigadas somente em Porto Velho pode ultrapassar 2 mil.
Um relatório do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) aponta que quatro rodovias federais no Estado estão com o trânsito prejudicado. A BR-319, que passa por Porto Velho, está alagada e o trânsito liberado apenas em meia pista. Na BR-425, que passa por Guajará-Mirim, também há alagamento.
O Dnit trabalha para disponibilizar uma rota alternativa pela BR-421, que corta as cidades Nova Mamoré, Nova Dimensão e União. Na BR-429, na altura do quilômetro 116, entre Alvorada do Oeste e São Miguel do Guaporé, houve rompimento do aterro da cabeceira da Ponte de Madeira sobre o Igarapé Sossego. O tráfego está liberado apenas para veículos leves.
Já na BR-364, que liga Porto Velho ao Acre, entre os quilômetros 800 e 871, ainda há água sobre a pista. Equipes do Dnit estudam a instalação de barreiras para conter o avanço da água. Homens da Força Nacional de Segurança Pública também atuam para controlar o fluxo de carros entre os dois Estados.
Na capital acreana, Rio Branco, a situação tende a se estabilizar. O nível do rio Acre diminuiu e neste sábado atingiu a marca de 15 metros.
No Amazonas, equipes do DNIT providenciam um desvio no quilômetro 280 da BR-230, que liga Apuí a Humaitá, por causa do rompimento de um bueiro.
por Vanessa Moura - jornalismo@portalamazonia.com
Enchente afeta mais de 500 mil pessoas e ameaça abastecimento em Rondônia
Estado declarou situação de emergência e Defesa Civil pede que população economize combustível e evite viagens
PORTO VELHO - A coordenadoria da Defesa Civil de Rondônia apresentou, nesta sexta-feira (14), mapeamento dos locais afetados pela inundação do rio Madeira e as atividades da Operação Enchente nas últimas 24 horas. Conforme a pasta, estão em situação de emergência as cidades de Rolim de Moura, Santa Luzia do Oeste, Nova Mamoré, Guajará-Mirim e Porto Velho, juntamente com o distrito de Jacy-Paraná. Segundo estimativa, 570 pessoas são afetadas pelas inundações nos seis municípios.
O nível do rio Madeira chegou a 17,38 metros nesta sexta-feira (14). A previsão do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) é que chegue a 18m no dia 20. "A estimativa do dia 20 foi feita há 10 dias, consideramdo margem de erro de 25cm", explica a representante do Sipam, Ana Paula Strava. Sobre o cenário após esta data, a especialista afirmou que "a perspectiva é que o nível do rio se mantenha acima das médias históricas até a primeira semana de março".
O coordenador da Defesa Civil de Porto Velho, José Pimentel, espera que o nível do rio não ultrapasse os 18 metros. "Se isso acontecer nós vamos atingir uma área muito grande no município", preocupa-se. Último levantamento feito na quinta-feira (13) registrou 345 famílias retiradas de áreas de alagações na cidade. Destas, 65 famílias estão abrigadas na Escola Maria Izaura, no bairro Costa e Silva, e outras 50 estão no Ginásio da escola Eduardo Lima e Silva.
O nível do rio Madeira chegou a 17,38 metros nesta sexta-feira (14). A previsão do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) é que chegue a 18m no dia 20. "A estimativa do dia 20 foi feita há 10 dias, consideramdo margem de erro de 25cm", explica a representante do Sipam, Ana Paula Strava. Sobre o cenário após esta data, a especialista afirmou que "a perspectiva é que o nível do rio se mantenha acima das médias históricas até a primeira semana de março".
O coordenador da Defesa Civil de Porto Velho, José Pimentel, espera que o nível do rio não ultrapasse os 18 metros. "Se isso acontecer nós vamos atingir uma área muito grande no município", preocupa-se. Último levantamento feito na quinta-feira (13) registrou 345 famílias retiradas de áreas de alagações na cidade. Destas, 65 famílias estão abrigadas na Escola Maria Izaura, no bairro Costa e Silva, e outras 50 estão no Ginásio da escola Eduardo Lima e Silva.

Segundo Pimentel, esses abrigos ainda não são suficientes, mas já foi solicitado apoio do Exército. O Exército, segundo o coordenador, pode fornecer barracas com capacidade para 14 famílias e precisa do respaldo do Ministério da Defesa para o Kit 100, estruturas que atenderão a 100 famílias. A Coordenadoria da Defesa Civil de Porto Velho conta com cerca de 200 pessoas em campo para o trabalho de apoio aos desabrigados.
Para o coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Ubirajara Caetano, as áreas mais críticas em Porto Velho estão na parte ribeirinha. Ele listou regiões na margem direita fo Baixo Madeira, a área próxima à Estrada do Belmont onde se concentra as indústrias petrolíferas e os distritos de Jacy-Paraná e a Fortaleza do Abunã.
Ainda segundo o coronel, bases de apoio serão montadas em Guajará-Mirim e nas comununidades ribeirinhas de Porto Velho: Calama e São Carlos. Essas bases fornecerão alimentos e medicamentos pas as famílias atingidas pelas alagações.
Monitoramento aéreo
Ainda segundo o coronel, bases de apoio serão montadas em Guajará-Mirim e nas comununidades ribeirinhas de Porto Velho: Calama e São Carlos. Essas bases fornecerão alimentos e medicamentos pas as famílias atingidas pelas alagações.
Monitoramento aéreo
O coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Ubirajara Caetano, realizou um voo de Porto Velho até próximo a usina de Jirau, no distrito de Jaci-Paraná para ter dimensão dos alagamentos nessas áreas. Foram identificados pontos crítico como o da ponte sobre o rio Araras, que dá acesso a Guajará- Mirim. As águas também ameaçam invadir a ponte em Jacy-Paraná, na BR-364. O nível da água já está no limite da ponte.
Além do isolamento de comunidades no Baixo Madeira, a Defesa Civil alerta que a enchente causa transtornos para o abastecimento de combustível. O coordenador da Defesa Civil de Rondônia explicou a logística do combustível em Rondônia. "Todo combustível, diesel e gasolina vem das refinarias de Manaus, entra em Rondônia pelo rio Madeira e é transferido para os caminhões. A transferência de combustível é por tubulação e se o nível do rio aumentar vai encobrir a tubulação e paralisar a atividade", afirma.
O coordenador pede a colaboração da população. "Aqueles que não precisam utilizar carros, não utilizem. Aqueles que pensam em ir para Guajará-Mirim, esqueçam porque não tem estrada. Nem para o Acre se for só para turismo. É um desastre natural, então evitem de usar as rodovias. É muita chuva, é perigoso tem as questões dos acidentes'', afirma. O coronel disse ainda que o combustível já estão sendo racionados para a Termo Norte.
O problema de abastecimento de combustível também ameaça a distribuição de energia da Termo Norte faz para Rondônia, Acre e Mato Grosso. O coronel Caetano disse que já tem um planejamento caso isso aconteça. ''Vamos avisar o ministro de Minas e Energia para autorizar a gente a fazer uma operação simples que faz com que a energia da Termo Norte seja complementada com a energia gerada pelas usinas de Jirau e Santo Antônio'', afirma.
Efetivo
Para a Operação Enchente são utilizados três helicópteros, dois aviões, oito carros, cinco embarcações e seis caminhões. Também foi empregado um efetivo de cerca de 170 servidores nas primeiras 24 horas da operação, sendo bombeiros, soldados, voluntários e funcionários municipais. A Operação enchente retirou 212 famílias em áreas de riscos e realizou o salvamento de pessoas isoladas pela inundação dos Alto a Baixo Madeira.
Na quinta-feira (12), o governador Confúcio Moura decretou situação de emergência por causa das cheias dos rios em Rondônia. A etapa de situação de emergência mostra que os desastres ambientais são graves, mas ainda não é a fase mais caótica. Quando a situação está fora de controle, aí sim é decretado estado de Calamidade Pública, que é a classificação mais grave do problema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário