Diesel aumentou acima da média da inflação, como os outros combustíveis.
Maior alta foi do etanol, com aumento de 30%. Reajuste do diesel impacta tarifa de ônibus e frete para transporte de cargas
ADAMO BAZANI
A inflação apurada pelo IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, referente a todo o ano de 2015, registrou alta de 10,67%, índice bem acima do teto de 6,5% da meta estipulada pelo Governo Federal.
Entre os itens que mais contribuíram para o crescimento da inflação estão os combustíveis, isto porque, além do próprio preço do produto, os valores mais altos interferem nos custos de outros serviços como operação de máquinas industriais, transportes de cargas e tarifas de transportes coletivos urbanos, metropolitanos e rodoviários.
De acordo com o balanço da ANP – Associação Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, no período de um ano, o preço do óleo diesel subiu 13%. O diesel S-10 , usado nos ônibus urbanos, passou de R$ 2,76 para R$ 3,14, na média nacional, variando de acordo com os municípios. Já a média de preço dos outros tipos de diesel teve elevação de R$ 2,61 para R$ 2,99.
Já a gasolina ficou 20% mais cara nos últimos 12 meses, com os motoristas pagando R$ 0,63 mais pelo litro do combustível que, em média no país, está em R$ 3,66. Em janeiro de 2015, o valor era de R$ 3,03.
A maior alta, no entanto, foi registrada no preço do etanol que teve 30% de reajuste. A média do preço do litro passou de R$ 2,06, em janeiro de 2015, para R$ 2,68 em janeiro deste ano.
Apesar dos reajustes, a dívida bruta da Petrobras atingiu no 3º trimestre de 2015 chegou a R$ 506,5 bilhões – recorde. Já a dívida líquida, que é a dívida total bruta menos o caixa, subiu para R$ 402,3 bilhões no final de setembro. No mesmo período de 2014, o endividamento total era de R$ 282 bilhões. O prejuízo líquido de R$ 3,759 bilhões no terceiro trimestre foi o terceiro pior da história da estatal. No acumulado nos nove primeiros meses de 2015, a Petrobrás acumulou lucro líquido de R$ 2,102 bilhões, o que representa uma queda de 58% na comparação com semelhante período de 2014.
A Petrobras é o principal alvo das investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Em abril de 2015, a companhia calculou em R$ 6,194 bilhões as perdas por corrupção e reduziu o valor de seus ativos em R$ 44,3 bilhões.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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