MPF-AM
bloqueia R$ 20 milhões de suspeitos de fraudes no PIM
Ex-funcionários da Suframa e despachantes tiveram bens bloqueados. Esquema
de corrupção foi desmontado durante operação Rio Nilo.
15/08/2016 20h13 - Atualizado em 15/08/2016 20h13
Do G1 AM
Do G1 AM
Aproximadamente R$ 20 milhões em bens e valores de empresas, 17
ex-funcionários da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e 22
despachantes foram bloqueados na Justiça pelo Ministério Público Federal do
Amazonas (MPF-AM). Segundo o MPF, o grupo estaria envolvido em um esquema de
corrupção e fraudes em operações fiscais do Polo Industrial de Manaus (PIM),
desmontado durante a operação Rio Nilo.
O volume de cargas falsamente
movimentadas para o PIM chegou a R$ 430 milhões, valor sobre o qual incidiu o
cálculo dos créditos tributários recebidos pelas empresas envolvidas nas
fraudes.
Em nota, o MPF explicou que o
bloqueio ocorre após pedido do órgão em 17 ações de improbidade administrativa.
O MPF aponta que a organização criminosa era composta por empresários de Manaus
e São Paulo e então servidores públicos da Suframa. As fraudes eram praticadas na
chegada de mercadorias no PIM, com o objetivo de fraudar o fisco para se
beneficiar ilegalmente de incentivos fiscais e sonegar impostos.
Na outra ponta do esquema,
investigado de 2004 a 2007, vistoriadores da Suframa recebiam propina para
chancelar os protocolos de ingresso de mercadorias sem a real conferência da
carga e dos documentos apresentados pelas transportadoras.
As investigações resultaram
na prisão de vários envolvidos em 2007, durante a operação Rio Nilo. Conforme o
MPF, as empresas participantes do esquema simulavam transações de compra e
venda que geravam a obtenção de créditos tributários, graças aos incentivos
fiscais oferecidos para empresas do PIM. Essas empresas envolvidas também são
alvos das ações de improbidade e tiveram bens e valores bloqueados.
As ações seguem em tramitação
na 3ª Vara Federal do Amazonas. Cabe recurso das decisões de bloqueio de bens e
valores.
Procurada pelo G1, a Suframa disse "não ter nada a
declarar, uma vez que todas as providências que poderia tomar dentro de sua
esfera de atuação, já foram efetivadas".
São Paulo, sexta-feira, 16 de fevereiro
de 2007
Operação da PF mira fraudes na Suframa
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
A
Polícia Federal realizou ontem a Operação Rio Nilo e prendeu acusados de
envolvimento com fraudes e incentivos fiscais administrados pela Suframa
(Superintendência da Zona Franca de Manaus).
Segundo
a PF, empresas simulavam transações de compra e venda que geravam créditos
tributários, usando os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus. Os créditos
eram compensados com o fisco.
Em
uma outra operação, transportadoras e despachantes pagavam para vistoriadores
chancelar documentos de internamento de mercadoria nacional sem realizar a
vistoria.
Em
torno de 330 policiais cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão nos
Estados do Amazonas, São Paulo, Bahia e Alagoas. Em Manaus, 37 foram presos. Em
São Paulo, houve 12 prisões.
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