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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

INSPEÇÃO VEICULAR DE CAMINHÕES 2018


Governo do Estado de São Paulo deve começar a fazer inspeção veicular em ônibus e caminhões a partir de 201825032011544

Veículos a diesel estão entre os que mais poluem. Uma das possibilidades é que o dono do veículo pague pela inspeção

ADAMO BAZANI

O Governo do Estado de São Paulo deve começar a fazer no próximo ano inspeção veicular apenas em caminhões, ônibus, caminhonetes e demais automóveis movidos a óleo diesel.
Uma das propostas de financiamento é cobrar dos donos dos veículos pela inspeção e também multas em caso de descumprimento dos parâmetros de emissões de poluição. A forma de cobrança, entretanto, ainda é estudada.
Estão registrados no Estado de São Paulo aproximadamente 1,7 milhão de veículos a diesel.
A inspeção também deve analisar ônibus, caminhonetes, modelos de SUV e caminhões que não foram registrados no Estado de São Paulo.
A Secretaria do Meio Ambiente já enviou ao Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis, órgão federal, um protocolo de ação para multar os veículos a diesel que não são registrados no Estado de São Paulo.
Pelo protocolo, agentes da CETESB podem multar os motoristas mesmo com emplacamento em outro estado e o Ibama se responsabilizaria por formalizar a multa e repassar ao estado de origem, impedindo assim o licenciamento.
O governo do estado estima que em torno de 430 mil veículos a diesel trafeguem por São Paulo, mas são emplacados em outros estados.
A inspeção deve ser feita nas 46 unidades da CETESB espalhadas pelo Estado de São Paulo.
Inicialmente deve ser usada a estrutura da CETESB, mas o governo do estado não descartou a possibilidade de terceirizar os serviços.
De acordo com estudos do professor Paulo Saldiva, da USP, a poluição somente na cidade de São Paulo contribui para quatro mil mortes por ano. O diesel possui agentes prejudiciais à saúde não encontrados em outros combustíveis como gasolina e etanol.
 Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

EMEX – EMERGÊNCIA EXCEPCIONAL

NTC Extra - Comunicado Generalidade EMEX

EMEX – EMERGÊNCIA EXCEPCIONAL

Se já não bastassem as enormes dificuldades inerentes aos empreendedores no Brasil, o empresário do setor de Transporte Rodoviário de Cargas, obriga-se a suportar uma pressão ainda maior que qualquer outra atividade econômica: o roubo de carga, cujas consequências são muito mais severas para o setor.

Assim sendo, se já não fossem suficientes as enormes chagas enfrentadas pelo TRC, agravadas por ser uma atividade desenvolvida com 80% das operações out-house, as transportadoras se vêm obrigadas a enfrentar o estado de beligerância existente em alguns centros econômicos com muito mais severidade, como é o caso da cidade do Rio de Janeiro e Vitória no Espírito Santo.

Não é incomum que cada empresa de transporte de carga fracionada sofra até 10 tentativas de roubo por dia, sendo que 30 ou até 40% destas têm sucesso - as estatísticas oficiais são camufladas pela descrença das empresas, que não registram os boletins de ocorrências, assumindo um ônus cada vez maior.

É comum que as transportadoras circulem com seus veículos com escoltas veladas dentro da cidade como forma de impor um pouco mais de segurança à operação, contudo esta prática encarece sobremaneira o transporte e não impede totalmente a ocorrência de roubos.

A cidade do Rio de Janeiro passa por uma situação complicadíssima, onde as transportadoras roubadas informam onde se encontram os produtos desviados, mas a fragilidade estrutural do aparelhamento policial do estado torna sempre infrutíferas as buscas dessas mercadorias – o que faz do roubo de cargas uma das principais receitas do crime organizado na cidade.

Para piorar, várias seguradoras (Argo, Mapfre, Mitsui, Tokio Marine, entre outras) já não aceitam mais seguro de algumas cargas para o Rio de Janeiro e as demais só o fazem com franquias que chegam a 50%.

O transportador de carga, assim como toda a sociedade, é vítima do caos que se instalou em algumas regiões do país (Rio de Janeiro e Espírito Santo) e não tem a mínima condição (a defasagem do frete da carga fracionada está em 11,77% segundo a última pesquisa da NTC) de arcar com a conta sozinho, sendo a cobrança de nova generalidade a solução que se impõe neste momento para cobertura dos custos agravados.

Dada a grave situação na cidade do Rio de Janeiro é que está sendo cobrada pelas empresas do TRC a Generalidade denominada Taxa EMEX – taxa de Emergência Excepcional da seguinte forma:

Taxa EMEX – Taxa de Emergência Excepcional
Valor cobrado para regiões que se encontram em estado de beligerância e enquanto a situação não se normalizar. A sua cobrança se justifica pelo alto custo suportado pelas empresas transportadoras para manter suas operações nestas condições. A cobrança ocorre para todas as cargas que saem ou chegam a estas regiões, sejam elas CIF ou FOB.

Regiões onde a cobrança vigora atualmente: região metropolitana do Rio de Janeiro

Valor de Cobrança: R$ 10,00 por fração de 100 kg mais um percentual do valor da carga que varia de 0,3% a 1,0%.


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Dirigir por rodovias brasileiras é missão perigosa para motoristas

Wed, 15 de February de 2017
Fonte: O Dia

Só 12,3% das estradas do país são pavimentadas. Cenário é diferente em vias com gestão privada


 

Um investimento de R$ 292,5 bilhões. Essa é a estimativa de recursos para que a atual malha rodoviária do país esteja em condições ideais para circulação de veículos. Desse total, seriam necessários R$ 57 bilhões para recuperar rodovias mal conservadas, R$ 137,1 bilhões para duplicação de vias, além de R$ 98,3 bilhões para a construção e pavimentação de 21 mil quilômetros. É o que revela pesquisa CNT de Rodovias 2016, da Confederação Nacional de Transportes. Ao todo, as rodovias do país somam 1,72 milhões de quilômetros. Desse total, apenas 211.468 km (12,3%) são pavimentados.
 
A pesquisa aponta que 58,2% das rodovias investigadas apresentaram condições inadequadas, sendo 34,6% em estado regular, 17,3%, ruim e 6,3%, péssimo. E a falta de manutenção e dinheiro destinado para o setor são as principais causas para o alto número de acidentes e mortes no trânsito.
 

Nas rodovias federais, a média é de cerca de 18 mortes por dia. Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde, acidentes de trânsito foram responsáveis por 1,25 milhão de mortes em todo o mundo em 2015. No Brasil, foram 42 mil acidentes em 2015, com 6.859 mortes. Nos Estados Unidos, o número foi de 33 mil, mesmo a frota sendo seis vezes maior do que a brasileira e a malha rodoviária vinte vezes mais extensa. A frota no Brasil é de quase 90 milhões de automóveis. Apesar do dado alarmante, o estudo da CNT revelou um dado relevante.
 
Iniciativa privada
A pesquisa aponta que entre as rodovias do país administradas por concessionárias, 78,7 % foram classificadas como ótimas ou boas. As 10 melhores rodovias estão sob concessão. Segundo a CNT "a iniciativa privada é menos burocrática e mais eficiente, e portanto, consegue definir a aplicação dos recursos de forma mais rápida". Enquanto isso, a aplicação de recursos do governo destinado ao setor é cada vez pior, sobretudo nos últimos dois anos de crise. Segundo os dados, em 2015, o investimento federal em infraestrutura de transporte em todos os modais foi de apenas 0,19% do PIB (Produto Interno Bruto). Desde o início da década de 90, o melhor índice foi em 2010, com 0,39% do PIB.
 
"Essa distorção nos gastos públicos tem causado graves prejuízos à sociedade brasileira, desde o desestímulo ao capital produtivo, passando pelas dificuldades de escoamento da produção até a perda de milhares de vidas", avalia o presidente da CNT, Clésio Andrade. 
 
Segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias - ABCR, o número de acidentes nas rodovias concedidas indica que a cada ano as rodovias sob administração privada estão mais seguras, com queda de 35% de mortes.
 
O índice mostra que, em 2015, o número de acidentes, mortos e feridos atingiu o menor patamar desde 2009, apesar do aumento crescente no tráfego de veículos e na extensão da malha rodoviária. Há sete anos, 451.829.219 veículos trafegaram pelos 14.585 quilômetros de rodovias privadas. Ao final de 2015, houve aumento de 46% no tráfego de veículos (660.460.219) e 30% na extensão da malha rodoviária (19.030). Mesmo assim, o número de acidentes, feridos e mortos caiu cerca de 20%, 25% e 35%, respectivamente. 
 
Segundo o presidente da ABCR, o investimento é um dos fatores principais para a maior segurança. "O índice de acidentes nas rodovias concedidas não acompanhou o aumento do tráfego e da extensão da malha rodoviária nos últimos anos. Isso é reflexo de investimentos e campanhas de segurança e conscientização realizadas pelas concessionárias de rodovias", afirma César Borges, presidente da ABCR. "Desde o início do Programa de Concessões, em 1995, foram investidos mais de R$ 50 bilhões em obras e mais de R$ 45 bilhões em manutenção e melhorias de segurança nas vias. As rodovias concedidas são as mais seguras do país", completa.
 
Melhor saída 
Para a CNT, a principal saída para a melhorar a situação das rodovias é "a ampliação da participação da iniciativa privada no processo de recuperação. O acompanhamento feito pela pesquisa ao longo dos anos evidencia que as rodovias sob gestão concedida têm apresentado melhores resultados em relação àquelas sob gestão pública, além de disponibilizar investimentos cada vez maiores de capital para as intervenções rodoviárias, superiores aos efetuados pelo setor público e consequentemente uma melhor qualidade das rodovias sob sua gestão", diz o documento. Entre os investimentos que colaboram para a redução de acidentes estão a implantação de marginais, duplicação de pistas e construção deacostamentos.

O TRC e a necessidade de saber perder Clientes para sobreviver

Wed, 15 de February de 2017
Fonte: Notícias a 4
Um dos grandes paradigmas do setor do TRC é que só quebra com filiais cheias de cargas, e isso deve-se a um “erro” ou a ausência de parâmetros de precificação e na sua maioria das transportadoras o comercial é cobrado única e exclusivamente para gerar faturamento, e em momentos de crise esse comportamento tem gerado um equívoco que parece não ser percebido e/ou ignorado pela maioria dos Empresários do setor.
 
Pois bem em janeiro/2017 tivermos um pequeno aquecimento da movimentação de cargas em decorrência das reposições de estoque, e conversando com alguns executivos e empresários, os mesmos eram só alegrias em dizer “Tem cargas sobrando” e ai a minha pergunta era “ a que preço”, respostas no geral, “não importa” o que vale é faturar, na verdade esse volume de cargas vem também em decorrência do fechamento de algumas transportadoras, que trabalhavam com preços abaixo das necessidades de manutenção das mesmas, ou seja preços podres, que não tem rentabilidade e só levam as transportadoras a quebrarem.
 
Então recebemos agora o comunicado de defasagem de custos via CONET 2017 que aconteceu em Rio Quente, promovido pela NTC & Logística http://www.portalntc.org.br , que não compareci, mas para muito foi proveitoso pelo conteúdo e números apresentados e tivemos o anúncio do índice necessário de reajuste de preços na ordem de 24,83% carga lotação e 11,77% carga fracionada.
 
Link NTC variação de Custos
http://www.portalntc.org.br/media/files/neuto.pdf
Link NTC defasagem a ser corrigida
http://www.portalntc.org.br/cotidiano/defasagem-dos-fretes-090220171/57909
 
Então agora temos um trabalho a realizar, que é convencer aos nossos Clientes a reajustar os preços conforme a variação de custos apresentada, e será uma tarefa árdua e de muitas negociações, pois assim como as transportadoras, os Clientes das mesmas, estão em processo de ajuste estrutural para adequação deste novo patamar de mercado e já está em andamento um volume acima do normal de abertura de BID (concorrências) como “arma” de negociação que cria uma pressão para recuo na cede por aumentos de preços.
 
Na verdade, não existe formula ideal para realizar esta tarefa, mas analisando o mercado como um todo, vemos que algumas transportadoras, principalmente as maiores, ainda não se convenceram da necessidade de redução estrutural e promovem um verdadeiro queima de preços para permanecer no mercado, em vez de fazer o “dever de casa”, pois não se concebe hoje, empresas nacionais com mais de 50 filiais pelo simples fato de querer está o mais próximo possível do mercado gerador de cargas e ai mantem custos fixos estruturais que só tem consumido as margens, quando tem, das transportadoras. E este fato vai muito da “vaidade” que já ouvi de alguns, a minha empresa tem que está em todo Brasil, e aí poderá não está em lugar nenhum.  
 
A decisão necessária e consciente neste momento de quem tem “responsabilidade” com resultados e/ou tem seus números na mão, “calibrar” seus custos seja com fechamento de filiais ou até mesmo desistindo de alguns Clientes que não tem rentabilidade, fazendo uma análise simples de margem de custo operacional primário, ou seja, quanto sobra de cada Cliente na fórmula:
(+) Faturamento
(-) Custo transferência (terceiro e/ou próprio)
(-) Custo de coleta (terceiro e/ou próprio)
(-) Custo de entrega (terceiro e/ou próprio)
(-) Custo de Redespachos (terceiro e/ou próprio)
(-) Custo seguro já com créditos de impostos
(-) Custo dos Impostos (PIS, COFINS, ICMS) já com redução dos créditos
(=) Margem Operacional Primária (qualquer resultado abaixo de 30% para carga fracionada, é prejuízo)
 
Obs. A margem ideal vai depender da estrutura administrativa, comercial e estrutural a ser paga.
 
Resultado esperado, é melhor um faturamento menor e ter sobra de caixa, do que ser a maior do mercado e ter prejuízo, neste tocante vai de cada cabeça uma sentença, e deve prevalecer a razão em vez da paixão.
 
Boas negociações a todos.
]
E como falou um deputado que está preso pela operação Lava Jato, Deus proteja nosso setor empresarial.
 
Francisco Pontes