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sexta-feira, 7 de abril de 2017

04/04/2017 - BR-316 INTERDITADA - BELEM DO PARA

Moradores de Marituba voltam a interditar a BR-316 em protesto contra aterro sanitário
Comunidade reclama dos transtornos provocados pelas atividades do aterro sanitário no município. Manifestantes bloqueiam pista na manhã desta terça, 4.
Por G1 PA, Belém
04/04/2017 09h28  Atualizado 04/04/2017 12h12

Cerca de 200 moradores de Marituba bloqueiam trecho da rodovia BR-316, em Ananindeua, em protesto contra permanência de aterro sanitário naquele município. (Foto: Divulgação/Polícia Rodoviária Federal)

  

 
  
 Os moradores do município de Marituba, na região metropolitana de Belém, interditam o quilômetro 9 da rodovia BR-316, em Ananindeua, próximo à entrada da Alça Viária, na manhã desta terça-feira (4). Eles voltam a protestar contra os transtornos que as atividades do aterro sanitário trazem para a comunidade que vive no entorno.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 200 pessoas bloqueiam a pista no sentido Ananindeua/Marituba e um congestionamento de veículos já se forma no entorno.
A principal reclamação dos manifestantes é com relação aos problemas de saúde que o aterro sanitário tem causado para a população. Eles afirmam que o governo havia prometido atendimento médico e o cumprimento de 20 medidas ambientais para solucionar a questão, mas os problemas não foram resolvidos.
 Leia, na íntegra, a nota da empresa operadora do aterro sanitário de Marituba.

"A Guamá Tratamento de Resíduos esclarece que, embora as chuvas recordes dos últimos meses tenham impactado, temporariamente, a operação do empreendimento, é absolutamente leviano e calunioso imputar à empresa danos ambientais ou à saúde de moradores da região. A empresa está em intenso ritmo de obras de melhoria operacional e, durante a execução das atividades, é necessária a movimentação de resíduos que pode causar picos temporários de geração de odor. Reitera-se que essa etapa é imprescindível para conclusão das obras e regularização da operação.
A companhia também repudia veementemente o fechamento, ainda que temporário, do acesso ao aterro sanitário de Marituba, medida que prejudica os interesses da população ao impactar no ritmo de obras necessárias e definidas em conjunto com prefeituras, secretarias, vereadores e a comunidade. A empresa também alerta que não atua na coleta e limpeza urbana e ao ter seu acesso fechado fica impedida de receber os caminhões coletores das empresa contratadas pelas prefeituras, prejudicando toda a população da região, que deixa de ter seu lixo recolhido."

Situação de emergência


Governador Simão Jatene, secretário de Meio Ambiente e prefeitos dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba fizeram vistoria para verificar as condições do aterro sanitário de Marituba. (Foto: Divulgação/Ascom Casa Militar)
No último dia 31 de março, o Ministério da Integração Nacional reconheceu a situação de emergência em Marituba. A medida, publicada no Diário Oficial da União (DOU), alerta para os impactos do aterro sanitário na cidade, que recebe todo o lixo produzido na Grande Belém. A região apresentou contaminação da água, solo e vegetação, devido à falta de manejo dos resíduos do aterro. Moradores do município já fizeram diversas manifestações exigindo o fechamento do local.
Uma nota divulgada pelo Ministério informa que a decisão foi tomada pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) e permitirá que a Prefeitura tenha acesso a ações emergenciais de socorro e assistência à população, além do restabelecimento de serviços essenciais. Ainda segundo a nota, equipes da prefeitura de Marituba já estão sendo orientadas para a apresentação de um relatório sobre os danos causados pelo aterro na região.


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