Moradores de Marituba
voltam a interditar a BR-316 em protesto contra aterro sanitário
Comunidade reclama dos transtornos provocados pelas
atividades do aterro sanitário no município. Manifestantes bloqueiam pista na
manhã desta terça, 4.
Por
G1 PA, Belém
04/04/2017 09h28 Atualizado 04/04/2017
12h12
Cerca de 200 moradores de Marituba bloqueiam trecho
da rodovia BR-316, em Ananindeua, em protesto contra permanência de aterro
sanitário naquele município. (Foto: Divulgação/Polícia Rodoviária Federal)
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Os moradores do
município de Marituba, na região metropolitana de Belém, interditam o quilômetro
9 da rodovia BR-316, em Ananindeua, próximo à entrada da Alça Viária, na manhã
desta terça-feira (4). Eles voltam a protestar contra os transtornos que as
atividades do aterro sanitário trazem para a comunidade que vive no entorno.
Segundo a
Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 200 pessoas bloqueiam a pista no
sentido Ananindeua/Marituba e um congestionamento de veículos já se forma no
entorno.
A principal
reclamação dos manifestantes é com relação aos problemas de saúde que o aterro
sanitário tem causado para a população. Eles afirmam que o governo havia
prometido atendimento médico e o cumprimento de 20 medidas ambientais para
solucionar a questão, mas os problemas não foram resolvidos.
Leia, na
íntegra, a nota da empresa operadora do aterro sanitário de Marituba.
"A Guamá
Tratamento de Resíduos esclarece que, embora as chuvas recordes dos últimos
meses tenham impactado, temporariamente, a operação do empreendimento, é
absolutamente leviano e calunioso imputar à empresa danos ambientais ou à saúde
de moradores da região. A empresa está em intenso ritmo de obras de melhoria
operacional e, durante a execução das atividades, é necessária a movimentação
de resíduos que pode causar picos temporários de geração de odor. Reitera-se
que essa etapa é imprescindível para conclusão das obras e regularização da
operação.
A companhia também
repudia veementemente o fechamento, ainda que temporário, do acesso ao aterro
sanitário de Marituba, medida que prejudica os interesses da população ao
impactar no ritmo de obras necessárias e definidas em conjunto com prefeituras,
secretarias, vereadores e a comunidade. A empresa também alerta que não atua na
coleta e limpeza urbana e ao ter seu acesso fechado fica impedida de receber os
caminhões coletores das empresa contratadas pelas prefeituras, prejudicando
toda a população da região, que deixa de ter seu lixo recolhido."
Situação de emergência
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Governador Simão Jatene, secretário de
Meio Ambiente e prefeitos dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba
fizeram vistoria para verificar as condições do aterro sanitário de Marituba.
(Foto: Divulgação/Ascom Casa Militar)
No último dia
31 de março, o Ministério da Integração Nacional reconheceu a situação de
emergência em Marituba. A medida, publicada no Diário Oficial da
União (DOU), alerta para os impactos do aterro sanitário na cidade, que recebe
todo o lixo produzido na Grande Belém. A região apresentou contaminação da
água, solo e vegetação, devido à falta de manejo dos resíduos do aterro.
Moradores do município já fizeram diversas manifestações exigindo o fechamento
do local.
Uma nota
divulgada pelo Ministério informa que a decisão foi tomada pela Secretaria
Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) e permitirá que a Prefeitura tenha
acesso a ações emergenciais de socorro e assistência à população, além do
restabelecimento de serviços essenciais. Ainda segundo a nota, equipes da
prefeitura de Marituba já estão sendo orientadas para a apresentação de um
relatório sobre os danos causados pelo aterro na região.
Uma discussão sobre os problemas do aterro reuniu, no dia 23 de
março, o governador Simão Jatene, a secretário de Meio Ambiente e
Sustentabilidade (Semas), Luiz Fernando Rocha, e os prefeitos de Belém, Zenaldo
Coutinho; Ananindeua, Manoel Pinheiro, e Marituba, Mário Filho.
Os gestores discutiram possíveis soluções para os problemas enfrentados pela
população do entorno do aterro.
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