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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Trânsito em São Paulo está cada vez mais lento, afirma CET

Não é intuição, é fato. O trânsito em São Paulo está piorando. De acordo com levantamento da CET, a velocidade média nos horários de pico diminuiu em 2011
05/11/2012 11h31
Silas Colombo, repórter do Portal Transporta Brasil

 
Um estudo realizado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) confirmou o que muitos paulistanos já haviam reparado: o trânsito na capital paulista piorou. A velocidade média registrada nas principais vias da cidade diminuiu ainda mais no ano passado.
 
A queda ocorreu de forma geral, tanto no início como no fim do dia. Das 7h às 10h, considerado o horário de pico da manhã, a velocidade média no sentido bairro-centro foi de 18,1 km/h, o número mais baixo verificado desde o início das medições pela companhia, em 2005, quando a média era de 22,9 km/h.
No fim da tarde, na volta para casa, a viagem também ficou mais lenta: os veículos circulam, em média, a 16,8 km/h entre as 17h e as 20h. Trata-se do segundo menor índice histórico, superado só pelo de 2009, com 16,1 km/h.
Na parte da manhã, os veículos se mantêm, em média, a 9,2 km/h no corredor formado pelas avenidas Zaki Narchi, Santos Dumont, Tiradentes e Prestes Maia. Campeã de lentidão no período, essa rota liga a zona norte à região central.
Antes, em 2010, ela aparecia em décimo lugar e a liderança de trânsito lento pertencia à rota formada pela estrada de Itapecerica e a Avenida João Dias, na zona sul, que agora ocupa o quarto lugar, com 13,1 km/h.
Entre o fim da tarde e o início da noite, o trajeto das ruas Teodoro Sampaio e Cardeal Arcoverde, em Pinheiros, zona oeste, foi eleito, novamente, o pior. Ali, os veículos alcançam 7,4 km/h. Em 2010, eram 8,3 km/h.
Devagar e sempre
Essas rotas estão saturadas, e outras caminham para a mesma situação. A avenida 23 de Maio recebe, pela manhã, no sentido bairro-centro, até 9.400 veículos por hora, mais de 50% acima do volume ideal para permitir a fluidez da via.
O levantamento foi feito pela CET ao longo de 2011, quando pesquisadores percorreram em carros as 32 rotas mais importantes da malha viária, que juntas somam 255 km.
As explicações para os resultados se repetem há anos, assim como o que é necessário fazer para desatar esse nó. A CET atribui o esgotamento das vias principalmente ao crescimento contínuo da frota de veículos. Segundo a companhia, em 2011 a cidade chegou à taxa de 63,4 veículos para cada 100 habitantes, mais que o dobro do índice verificado em 2005.
Outra causa apontada pela companhia é a concentração de viagens de áreas distantes da cidade para regiões com alta concentração de atividades, como a Vila Olímpia, na região sul.
Especialistas em engenharia de tráfego incluem na lista de culpados a limitação do espaço viário, a expansão da economia, que faz as pessoas circularem mais pela cidade e a falta de investimento em transporte público.
*Com dados da CET e da Folha de S. Paulo

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

IMPACTOS DA LEI 12.619

NTC divulga estudo sobre impactos da Lei 12.619
Seg, 10 de Setembro de 2012 12:32

Estudo sobre os impactos das exigências da Lei que regulamenta a profissão de motorista sobre os custos das Empresas de Transporte Rodoviário de Carga Fracionada, Lotação ou Grandes Massas e Contêiner.

No dia 17 de junho último, entrou em vigor a Lei 12.619, assinada pela Presidente Dilma Roussef, no dia 02 de maio de 2012, que trata da profissão do motorista, empregado ou autônomo. Seu impacto será sentido tanto nas relações empresa/empregado, como na forma de trabalho dos profissionais autônomos e nos negócios que envolvem o setor de logística, em especial nas atividades de transporte.

O fato é que, com a Lei, todas as operações de transporte sofrerão aumentos significativos e inevitáveis em seus custos por conta da queda na produtividade, redução do número de viagens, aumento da quantidade de veículos, etc.

Além disso, os prazos de entrega, hoje ajustados em contrato ou prometidos comercialmente, devem ser alongados uma vez que a jornada de trabalho do motorista, a partir da entrada em vigor da Lei, passa a ser controlada dentro de limites rígidos e bem definidos e com severas fiscalizações, que na sua maioria irão substituir as antigas práticas.

De acordo com a Lei, o motorista empregado deverá ter:
  1. Repouso de 11 horas a cada 24 horas;
  2. Refeição 1 hora;
  3. Jornada de trabalho de 8 horas;
  4. Limite de até 2 horas extras/dia;
  5. Repouso semanal de 35 horas;
Nas viagens de longa distância, que segundo a Lei, são aquelas com duração superior a 24 horas, deve-se cumprir de forma complementar:
-   Um intervalo para descanso de 30 minutos a cada 4 horas de direção
-  Repouso semanal de 36 horas para as viagens com duração de mais de 1 semana
Portanto, a alegação de que o serviço de transporte executado pelo motorista externamente, não pode ter sua jornada controlada (artigo 62 da CLT), cai definitivamente. Pois a lei diz que a jornada deve ser controlada dando a liberdade ao empregador de escolher o critério de controle a ser utilizado, sempre de forma fidedigna, por anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, podendo a empresa se valer também de meios eletrônicos idôneos instalados nos veículos.

Assim, conclui-se que as práticas de direção sem controle algum, nas quais o motorista era responsável pela definição da sua jornada diária, não mais poderão persistir.

Não há dúvidas que os reflexos da Lei serão diferentes nas mais diversas operações de transporte, pois cada segmento tem sua vicissitude, portanto de difícil previsão. Assim, os reflexos serão imediatos nos prazos de entrega e nos custos operacionais.

Impacto nos Prazos de Entrega e no Número de Viagens/Mês

Estima-se que, em virtude da redução da quilometragem rodada/mês, haverá aumento do prazo de entrega em aproximadamente 56%, isso porque o veículo irá demorar mais tempo para concluir o mesmo percurso.

Com relação ao número de viagens no percurso médio, tomando-se como exemplo a carga fracionada, processo que exige no mínimo três operações rodoviárias (coleta/entrega e transferência), estima-se que o número de viagens/mês, somente na operação de transferência, terá redução de no mínimo 4,5 viagens/mês, ou seja, de 12,7 para 8,2 viagens/mês. O que vale dizer que a redução em percentual será de 35,7% no número de viagens/mês.

Esses raciocínios também são válidos para outros tipos de cargas, como por exemplo a lotação, que é a mesma característica da etapa de transferência da carga fracionada.

Os Impactos da Lei nos Custos Operacionais da CARGA FRACIONADA

De acordo com os estudos técnicos realizados pelo Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas – DECOPE da NTC&LOGÍSTICA, o percentual médio de impacto da nova Lei, nos custos operacionais é de 14,98% (quatorze vírgula noventa e oito por cento), somente na operação de carga fracionada.



É importante destacar que, embora, tecnicamente o impacto sobre os custos, com a nova legislação, seja maior nas rotas curtas e muito curtas, uma vez que vem a onerar os custos fixos de difícil diluição nessas rotas, o estudo mostra impacto menor nessas distâncias em virtude dos ajustes que já vinham sendo feitos muito antes da Lei 12.619.

Os Impactos da Lei nos Custos Operacionais da CARGA LOTAÇÃO OU GRANDES MASSAS

No caso das operações de Carga Lotação ou Grandes Massas, o estudo do DECOPE concluiu que o percentual médio de impactos sobre os custos da operação foi de 28,92% (vinte e oito vírgula noventa e dois por cento).

O estudo revelou ainda queda de produtividade da ordem de 37,5%, com redução no número de viagens por mês, nas distâncias longas, de 2,25 viagens/mês.



Como os custos fixos permanecem no mesmo nível no período anterior à Lei 12.619, quando há redução na produtividade do veículo isso acaba por elevar os custos por unidade transportada. No caso das operações de lotação, que operam muito mais em rotas de médias e longas distâncias, a tendência é de que haja uma diluição maior dos custos fixos. Os impactos são menores à medida que o percurso aumenta.

Os Impactos da Lei nos Custos Operacionais de Transporte de Contêiner

Para o setor de transporte de Contêiner, que é um segmento mais específico do transporte, o impacto médio foi de 27,28% (vinte e sete vírgula vinte oito por cento), nas distâncias muito curtas.

Segundo o trabalho realizado pelo DECOPE/NTC&LOGÍSTICA, houve queda no número de viagens de aproximadamente 28,57%, o que representa em números absolutos redução de 5,14 viagens/mês nas rotas muito curtas e 3,21 viagens nas rotas médias.



Linhas Gerais

É importante destacar que, o objetivo desse estudo não é a de reivindicação de reajustes de frete e muito menos recomposição de custos com insumos, e sim de uma recomposição de margem operacional, em virtude da queda abrupta de produtividade que poderá comprometer, sobremaneira, a sobrevivência das empresas de transporte rodoviário de cargas.

O repasse imediato desses percentuais é necessário uma vez que a Lei 12.619, já está em vigor. As empresas de transporte que não se adequarem às novas regras e não repassarem esses impactos que estão tendo sobre os seus custos, estarão criando passivos trabalhistas com potenciais impactos sobre os seus negócios e até dos seus clientes, principalmente pelo princípio de responsabilidade civil subjetiva.

Após a acomodação desse novo cenário, outros custos surgirão, uma vez que serão necessários mais caminhões para atender a mesma demanda. O estudo não aborda os custos com ampliação da frota, contratação de novos motoristas, treinamentos etc.

Outros Fatores que já vinham comprometendo a Produtividade das Empresas

As empresas de transporte de forma geral, já vinham sofrendo queda de produtividade, e consequentemente aumentos significativos de custos, não por aumento de preços de insumos, mas, sobretudo em função de:
· Aumentos das restrições de circulação de veículo em quase todas as concentrações urbanas;
· Restrições de trânsito nas Marginais, no caso da cidade de São Paulo;
· Falta de motoristas para recomposição de quadro e falta de profissionais qualificados de maneira geral;
· Seguradoras que condicionam o volume de cargas no caminhão ao valor da cobertura do seguro;
· Aumentos dos custos com seguros;

Sugestões para diminuir os impactos da nova legislação nos custos dos processos logísticas
Os impactos da legislação sobre os custos podem ser minimizados com a melhora dos processos logísticos, como por exemplo:
  • Redução nos tempos de carga e descarga no cliente. O quanto menos tempo se levar para a operação de carga e a descarga, maior será o aproveitamento do veículo, uma vez que aumentará o número de viagens por mês. O veículo parado compromete a diluição dos custos fixos diretos e as despesas indiretas. Por exemplo, o custo da hora parada de um cavalo mecânico e um semirreboque, é de R$ 81,68 p/hora, ou R$ 3,10 por tonelada por hora;
  • Diminuição das restrições à circulação de caminhões tanto nas marginais da cidade de São Paulo, quanto nos centros urbanos de uma maneira geral. Quanto mais restrições à circulação de caminhões nos centros urbanos, mais veículos as empresas terão que adquirir e colocar em circulação para transportar o mesmo volume de carga, gerando como consequência, aumentos de custos operacionais e aumento do volume de caminhões nas vias públicas. No caso da circulação de caminhões nas Marginais paulistanas, essa medida compromete o início das viagens de empresas de transporte que precisam das marginais, como elo uma rodovia e outra. Como consequência, redução do número de viagens possíveis no mês, atraso na entrega da carga no destino, aumento do número de veículos para o mesmo volume de carga/mês etc.
  • Melhor aproveitamento da capacidade dos veículos, uma vez que, quanto maior for esse aproveitamento, melhor será diluído o custo fixo por tonelada;
  • Maior agilidade na liberação dos veículos nos postos fiscais das fazendas estadual e federal, na fronteira entre os estados. Quanto mais tempo os caminhões ficam parados na fronteira entre os estados, por exemplo, maior será o comprometimento da eficiência do veículo, com:
    • Maior dificuldade para diluição dos custos diretos e indiretos;
    • Aumento dos custos por tonelada;
    • Aumento nos prazos de entrega no cliente final;
    • Aumento da necessidade de mais veículos para concluir o mesmo volume de carga contratada por mês.

Esse efeito somente poderá ser amenizado por meio de parceiras entre Transportadores, Embarcadores e Governos.

São Paulo, 10 de setembro de 2012.

DECOPE/NTC&LOGÍSTICA

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

SASSMAQ - ASIAN COMPANY RECEBE HOMOLOGAÇÃO

ASIAN COMPANY TRANSPORTES   foi homologada na Abiquim no dia 13/09/2012, a empresa cumpriu com todos os requisitos das Indústrias Químicas e é uma das pioneiras a receber o certificado para a Região Norte do País.


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

ADIADA NOVAMENTE LEI 12.619

13 de setembro de 2012
Conselho estabelece que rodovias não estão preparadas para oferecer descanso seguro aos motoristas
O Diário Oficial da União (DOU) de hoje, dia 13 de setembro, traz uma resolução que recomenda a fiscalização do descanso dos motoristas profissionais, prevista na Lei 12.619, apenas nas rodovias que apresentem condições específicas para o cumprimento das regras.
A decisão, tomada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) ontem, dia 12 de setembro, prevê a publicação de uma lista com as rodovias preparadas para o descanso dos motoristas em até 180 dias no DOU pelos ministérios dos Transportes e do Trabalho e Emprego.
Segundo o Ministério das Cidades, a decisão do Contran baseia-se no fato de grande parte das vias federais brasileiras carecerem de pontos de parada que garantam a segurança do motorista, dificultando o cumprimento do tempo de descanso estabelecido pela lei.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

INDÍGENAS FECHAM A BR-174 A 50 QUILÔMETROS DE VILHENA

Publicado por Reporter em 28/8/2012 (3650 leituras)

INDÍGENAS FECHAM A BR-174 A 50 QUILÔMETROS DE VILHENAA rodovia seria liberada por 2 horas nesta terça-feira, 28.

Cerca de 600 indígenas de 18 etnias, divididos em dois grupos fecham a BR-174 desde a manhã da última segunda-feira, 27, em dois pontos entres os município de Vilhena (RO) e Comodoro (MT).

O primeiro bloqueio acontece desde a manhã desta segunda-feira, 27, a 30 quilômetros de Comodoro, no Rio Novas, onde há cerca de 300 índios daquele município pintados e armados para guerra, mantêm a rodovia fechada.

Já nesta terça-feira, 28, uma caravana com índios vindos da região de Juína fecharam a BR-174, na ponte sobre o Rio Mutum, a cerca de 50 quilômetros de Vilhena. Os indígenas reivindicam o fim da Portaria 303/2012 baixada pela Advocacia Geral da União (CGU), que permite intervenções e remarcações de terras indígenas.

Os índios pedem ainda pela melhoria no atendimento de saúde indígena e agilidade na aprovação do estatuto do Índio. A Rodovia seria liberada, das 12 as 14h00 para tráfego de veículos de passageiros e alimentos perecíveis, após este horário estará fechada novamente por tempo indeterminado.



FONTE: EXTRA DE RONDÔNIA
TEXTO: DA REDAÇÃO
FOTOS: EDEBLANDES ORTIS

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Greve da PRF

Sindicato avisa que greve da PRF pode atingir todo o País
09 de agosto de 2012 11h46 atualizado às 11h52
Manifestação da PRF causou congestionamento com a interdição da Rodovia Presidente Dutra nesta quarta, em Guarulhos. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
 Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Manifestação da PRF causou congestionamento com a interdição da Rodovia Presidente Dutra nesta quarta, em Guarulhos
A greve dos servidores da Polícia Rodoviária Federal deve atingir mais Estados, segundo a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF). Após protestos nesta quarta-feira em estradas do Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul, o sindicato aguarda a confirmação de outros Estados para estabelecer uma greve nacional. Segundo a assessoria de imprensa do sindicato, por volta das 11h30, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraíba, Pernambuco, Pará e o Distrito Federal já haviam confirmado a participação na greve.
De acordo com o presidente da FenaPRF, Pedro da Silva Cavalcanti, entre as reivindicações dos policiais rodoviários federais está a reestruturação salarial e da carreira, realização de novos concursos, aumento do efetivo, além do aumento dos auxílios alimentação, saúde, creche e transporte. O movimento dos policiais, chamado Operação Colina, prossegue em várias partes do Brasil.
Segundo Cavalcanti, a categoria está há um ano negociando com o governo, mas nada foi decidido. Segundo lembra, a última reunião marcada para o dia 26 de julho foi cancelada sem novo agendamento. "Desde 2006 estamos recebendo por subsídio, mas quando nosso salário foi mudado perdemos alguns benefícios como adicional noturno e de insalubridade. O policial que ingressa hoje está ganhando menos do que em 2006", disse Cavalcanti. O último reajuste salarial para a categoria é de 2010.
Pedro Cavalcanti ressalta ainda que outro ponto em negociação com o governo é a reestruturação da carreira do policial rodoviário federal. "O documento que regula as atribuições dos policiais rodoviários nos categoriza com atividades de nível intermediário, enquanto que as atividades que executamos são de nível superior. Além disso, para ingressar na PRF é necessário ter nível superior. Queremos esse reconhecimento, e ele não traz gastos para o governo", falou.
Trânsito prejudicado
Nesta quarta-feira, policiais rodoviários em greve interditaram a ponte Rio-Niterói, prejudicando o tráfego local. O movimento foi apoiado por Policiais Federais que também estão em greve.
No Paraná, policiais fizeram ontem uma operação-padrão que provocou congestionamento e lentidão em trechos rodoviários de quatro cidades. No pico do movimento, por volta das 13h, a concessionária de pedágio Autopista Litoral Sul registrou 21 km de congestionamento no sentido Curitiba e 16 km no sentido Palhoça (SC).
Motivado pela ausência de uma proposta de reajuste salarial para a categoria, o protesto aconteceu em estradas de Curitiba, Londrina, Santa Terezinha de Itaipu e Foz do Iguaçu. Os servidores da PRF revistaram todos os veículos e verificaram as notas fiscais dos caminhões. A mobilização foi organizada pela Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF).
Nos próximos dias, a categoria pode anunciar, em todo o País, uma greve por tempo indeterminado, caso o governo não apresente uma proposta satisfatória.
Com informações da Agência Brasil

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Greve dos caminhoneiros é suspensa após acordo com o governo

01/08/2012 08:00

A greve dos caminhoneiros que teve início no dia 25/07/2012 (quarta-feira) foi suspensa na noite desta terça-feira, após negociação entre governo federal e representantes da categoria. O presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), Nélio Botelho, disse que a desmobilização da categoria será gradativa e deve ser concluída hoje pela manhã.
Botelho destacou que há mais de 10 mil caminhões parados na Via Dutra e a medida de desmobilização gradual será tomada por segurança para evitar acidentes nas estradas.
Segundo o ministro dos Transportes, Paulo Sergio Passos, o primeiro ponto do acordo foi a
constituição de mesa de negociações, que começará no dia 8 de agosto, com prazo de 30 dias para discutir e dar encaminhamento às reivindicações da categoria.
Passos destacou que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) fará nos próximos 30 dias fiscalização educativa sobre a Lei 12.619/2012 que regulamenta o descanso de 11 horas entre duas jornadas e a parada de 30 minutos a cada quatro horas trabalhadas.
O objetivo é dar mais tempo para que os caminhoneiros se acostumem com as novas regras. Uma reunião entre os líderes da categoria e o Contran já está marcada para quinta-feira.
Apesar da alternativa encontrada pelo governo federal, o ministro ressaltou que a lei não será revogada. Para o presidente do MUBC, a solução para o impasse pode ser a separação das jornadas – de curta e longa duração – e adequação do descanso à carga horária. “No formato atual, não se permite que o caminhoneiro cumpra a determinação. Saiu uma lei defeituosa”, declarou Nélio Botelho.
O ministro Paulo Passos anunciou que o governo federal vai estender às empresas com frota acima de quatro veículos o pagamento eletrônico de frete (PEF). Anteriormente, a taxa era cobrada apenas aos caminhoneiros autônomos e às empresas com até três veículos. De acordo com ministro, a categoria questionou o “tratamento diferenciado das outras empresas e a falta de igualdade”.
Também foi definida na reunião a suspensão da emissão de novos cadastros no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTC), o tema está na pauta de negociações entre a categoria e o governo federal. Na prática, a norma ampliava a variedade de condutores que poderiam atuar na função, o que de acordo com entidades de caminhoneiros, aumentou em 600 mil o número de transportadores e teria elevado a oferta e diminuído o valor do frete.
AGÊNCIA BRASIL