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sexta-feira, 7 de abril de 2017

07/04/2017 - ALAGAMENTO TRAVA TRANSITO EM SP

Trânsito na Marginal Tietê, em São Paulo

Chuva provoca alagamentos e trava trânsito em São Paulo


Trânsito na Marginal Tietê, em São Paulo
A forte chuva que atingiu a cidade de São Paulo provocou vários pontos de alagamento e foi o suficiente para travar o trânsito na capital na manhã desta sexta-feira (7). Apesar disso, o rodízio de veículos não foi suspenso e os motoristas multados devem recorrer.

Os problemas foram ocasionados pelo transbordamento na região dos córregos Oratório, Mandaqui, Ipiranga, Aricanduva e Perus, além dos rios Verde, Ribeirão Verde e do Tietê, entre a noite de quinta (7) e esta madrugada. Com isso, os bairros do Ipiranga, Itaquera, Vila Prudente, Aricanduva, Casa Verde, Perus e Pirituba entraram em alerta.

O transbordamento do rio Tietê também provocou vários pontos de alagamento na marginal. Por volta das 5h30, os trechos da via próximos da ponte da Fepasa, no sentido rodovia Ayrton Senna, e da ponte das Bandeiras, sentido Castello Branco, estavam totalmente bloqueados. Os problemas também refletem nas rodovias Anhanguera e dos Bandeirantes, que tem trânsito lento nesta manhã.

De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), às 8h a capital paulista registrava 133 km de lentidão. Normalmente, a média para esse horário fica entre 42 km a 74 km.

A companhia pediu para as concessionárias informarem para os motoristas, nos painéis móveis, evitarem as marginais.

A jornalista Daniela Braga, que mora no Tatuapé, zona leste de São Paulo, reclamava por volta das 6h30 que estava a pelo menos 25 minutos parada no trânsito na ponte Aricanduva próximo ao acesso à marginal Tietê.

"Todas as faixas da marginal no sentido Castello estão paradas. No sentido contrário o trânsito é pesado, mas os carros ainda andam", disse Daniela. A CET informou que o tráfego mais intenso estava nesta região por volta das 8h, com 13 km de lentidão.

Após uma hora de espera, Daniela conseguiu sair da ponte Aricanduva, mas não do bairro onde mora. Ela decidiu retornar para casa, guardar o carro na garagem e ir trabalhar de transporte público." Vou de metrô, que é muito mais rápido", disse.

Na linha vermelha do metrô, a fila era grande. "Fiquei bastante tempo na fila até a catraca e depois tive que esperar três ou quatro trens passarem para conseguir entrar", afirmou.

Os motoristas também devem evitar nesta manhã a avenida Ermano Marchetti, no sentido Barra Funda, devido a um alagamento intransitável na via próximo da rua do Cuturme. Também há registro de bloqueio nos dois sentidos da avenida Marquês de São Vicente, próximo da praça Luiz Carlos Mesquita, na região da Barra Funda.

Por volta das 3h, outro ponto crítico de alagamento foi na avenida Aricanduva, na região do Ipiranga, zona sul de São Paulo. Os bombeiros resgataram duas pessoas ilhadas em cima de um caminhão-baú e alguns carros que tentaram cruzar o alagamento ficaram parados pelo caminho.

Na região, nem mesmo as comportas contra enchentes foram capazes de barrar a entrada de água e lama em alguns comércios na avenida Aricanduva.

O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, chegou a registrar 15 quatro pontos de alagamento intransitáveis na cidade, por volta das 2h30 desta sexta (7). Os bombeiros acumulavam 32 chamadas para inundações em toda a cidade e na região do ABC. Eles trabalharam durante toda a madrugada no resgate de pessoas ilhadas.

Houve registro de alagamento também na linha 10-turquesa da CPTM, entre as estações São Caetano e Rio Grande da Serra. Por conta disso, a circulação foi interrompida nesta quinta e o sistema Paese acionado para auxiliar com ônibus o transporte no trecho afetado antes do encerramento das operações da linha. Nesta manhã, a circulação de trens está normal, de acordo com a CPTM.

A chuva que atingiu a maior parte da região metropolitana é resultado de uma frente fria, que trouxe áreas de instabilidade para a região.

De acordo com o CGE, a frente fria deve se afasta do litoral paulista nos próximos dias, mas os ventos úmidos ainda devem deixar o tempo instável. Espera-se muita nebulosidade, chuvas e declínio das temperaturas.

RODÍZIO MANTIDO

A CET informou que o rodízio de veículos na capital não foi suspenso nesta sexta apesar dos problemas de marginais e ruas bloqueadas devido a alagamentos.

Segundo a companhia, não tem sentido cancelar o rodízio injetando mais carros no sistema quando o problema está nas marginais.


Os motoristas que estiverem parados nos congestionamentos e forem punidos devem recorrer da multa de trânsito. 

04/04/2017 - BR-316 INTERDITADA - BELEM DO PARA

Moradores de Marituba voltam a interditar a BR-316 em protesto contra aterro sanitário
Comunidade reclama dos transtornos provocados pelas atividades do aterro sanitário no município. Manifestantes bloqueiam pista na manhã desta terça, 4.
Por G1 PA, Belém
04/04/2017 09h28  Atualizado 04/04/2017 12h12

Cerca de 200 moradores de Marituba bloqueiam trecho da rodovia BR-316, em Ananindeua, em protesto contra permanência de aterro sanitário naquele município. (Foto: Divulgação/Polícia Rodoviária Federal)

  

 
  
 Os moradores do município de Marituba, na região metropolitana de Belém, interditam o quilômetro 9 da rodovia BR-316, em Ananindeua, próximo à entrada da Alça Viária, na manhã desta terça-feira (4). Eles voltam a protestar contra os transtornos que as atividades do aterro sanitário trazem para a comunidade que vive no entorno.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 200 pessoas bloqueiam a pista no sentido Ananindeua/Marituba e um congestionamento de veículos já se forma no entorno.
A principal reclamação dos manifestantes é com relação aos problemas de saúde que o aterro sanitário tem causado para a população. Eles afirmam que o governo havia prometido atendimento médico e o cumprimento de 20 medidas ambientais para solucionar a questão, mas os problemas não foram resolvidos.
 Leia, na íntegra, a nota da empresa operadora do aterro sanitário de Marituba.

"A Guamá Tratamento de Resíduos esclarece que, embora as chuvas recordes dos últimos meses tenham impactado, temporariamente, a operação do empreendimento, é absolutamente leviano e calunioso imputar à empresa danos ambientais ou à saúde de moradores da região. A empresa está em intenso ritmo de obras de melhoria operacional e, durante a execução das atividades, é necessária a movimentação de resíduos que pode causar picos temporários de geração de odor. Reitera-se que essa etapa é imprescindível para conclusão das obras e regularização da operação.
A companhia também repudia veementemente o fechamento, ainda que temporário, do acesso ao aterro sanitário de Marituba, medida que prejudica os interesses da população ao impactar no ritmo de obras necessárias e definidas em conjunto com prefeituras, secretarias, vereadores e a comunidade. A empresa também alerta que não atua na coleta e limpeza urbana e ao ter seu acesso fechado fica impedida de receber os caminhões coletores das empresa contratadas pelas prefeituras, prejudicando toda a população da região, que deixa de ter seu lixo recolhido."

Situação de emergência


Governador Simão Jatene, secretário de Meio Ambiente e prefeitos dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba fizeram vistoria para verificar as condições do aterro sanitário de Marituba. (Foto: Divulgação/Ascom Casa Militar)
No último dia 31 de março, o Ministério da Integração Nacional reconheceu a situação de emergência em Marituba. A medida, publicada no Diário Oficial da União (DOU), alerta para os impactos do aterro sanitário na cidade, que recebe todo o lixo produzido na Grande Belém. A região apresentou contaminação da água, solo e vegetação, devido à falta de manejo dos resíduos do aterro. Moradores do município já fizeram diversas manifestações exigindo o fechamento do local.
Uma nota divulgada pelo Ministério informa que a decisão foi tomada pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) e permitirá que a Prefeitura tenha acesso a ações emergenciais de socorro e assistência à população, além do restabelecimento de serviços essenciais. Ainda segundo a nota, equipes da prefeitura de Marituba já estão sendo orientadas para a apresentação de um relatório sobre os danos causados pelo aterro na região.