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segunda-feira, 8 de junho de 2015

Greve da Suframa completa 16 dias, e Federação teme prejuízos

Servidores da Suframa entram em greve nesta quinta-feira por tempo indeterminado

Paralisação dos funcionários da autarquia federal deve causar prejuízo diário de R$ 300 milhões, segundo Cieam

 
Durante assembleia, servidores da Suframa votaram pela paralisação por tempo inderteminado
Durante assembleia no dia 15, servidores da Suframa votaram pela paralisação por tempo inderteminado (Antônio Lima)
Servidores vão cumprir a decisão tomada em assembleia na última sexta-feira (15) e iniciar greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira (21). Conforme o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), o prejuízo pode chegar a R$ 300 milhões por dia de paralisação. Em aproximadamente dois meses, as empresas da Zona Franca de Manaus começarão a sentir o impacto da greve, segundo afirma o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Athaídes Mariano.
Anderson Belchior, presidente do Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa), afirma que nessa greve atual, deixaram as reivindicações mais administrativas para focar na reestruturação da carreira. O veto (dia 8) da presidente Dilma a um artigo presente na MP 660, que se refere à equiparação salarial dos servidores da Suframa é o motivo da atual greve.
“Estamos negociando com o governo federal desde 2006, e fomos enganados em 2013 e 2014. O governo federal não quer resolver. Nós passamos pela Câmara com 354 votos e passamos pelo Senado por unanimidade, foram 81 votos. E a presidente da República não respeitou a voz do povo e não respeitou o Congresso Federal e vetou a decisão dada por eles”, destaca o presidente do Sindiframa.
Reivindicação
Para o vice-presidente da Fieam, a reinvindicação dos servidores da Suframa é “muito digna e pertinente. Por isso, é necessário que o governo federal encontre um ponto de equilíbrio. Se não pode agora porque a economia está difícil, que faça um acordo com eles. Que comecem a estabelecer um diálogo”, afirma Athaídes Mariano.
No entanto, para o presidente do Sindframa, a greve só será encerrada “se o Ministério do Planejamento ou a Casa Civil mostrarem pelo menos a medida que deve ser tomada para a reestruturação da carreira”, destaca Anderson Belchior.
A paralisação começa com as áreas não essenciais, respeitando o tempo de 48 horas para ser executada segundo a Lei da Greve, e posteriormente as essenciais, respeitando as 72 horas. “Hoje, não teremos paralisação na área de liberação de mercadorias e de acompanhamento de projetos industriais, mas todas as outras estão paradas. Tivemos dificuldade de entregar algumas notificações, mas a partir de sexta-feira (22), se conseguirmos entregar todos os documentos, a paralisação será geral”, destaca Belchior.
Para o vice-presidente da Fieam, o impacto da greve dos servidores da Suframa deverá ser sentido em médio prazo. “Normalmente as empresas tem um estoque médio de três meses – salvo algumas exceções”.
Cieam aciona Justiça contra paralisação
O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) decidiu ajuizar uma ação coletiva contra a greve dos servidores da Suframa. A decisão foi tomada na tarde desta quarta-feira (20) durante assembleia geral extraordinária, que reuniu empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) associadas da entidade.
De acordo com o presidente do Cieam, Wilson Périco, defender os direitos dessas empresas de executar suas atividades é papel do Cieam. “Somos solidários aos pleitos dos servidores da Suframa. No entanto, temos que defender os direitos de nossos associados. Isso não tem nada contra o movimento dos servidores, mas entendemos que a sociedade não pode ser penalizada pela falta de bom senso e entendimento do governo federal para com os servidores”.
 
 
 
Greve da Suframa causa transtornos em postos de fiscalização
02:07 Economia, Notícias 25/05/2015 - 14h19 BrasíliaEmbed
Graziele Bezerra
A greve dos servidores da Suframa completou cinco dias nesta segunda-feira (25) e começa a causar transtornos nos postos de fiscalização.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa), Anderson Belchior, caminhões formam filas em Rondônia, Amapá e Roraima, aguardando atendimento e liberação de mercadorias.

Ainda de acordo com Belchior, os postos funcionam com 30% da capacidade, dando prioridade para alimentos, materiais médicos e odontológicos e medicamentos. E a longo prazo os impactos poderão ser bem maiores.

Sonora: "O primeiro impacto é ao transportador. Hoje o transportador vai ficar parado aguardando a liberação da mercadoria. A médio prazo nós teremos no Pólo industrial de Manaus a paralisação de algumas linhas de produção, por falta de insumos, e o desabastecimento de alguns itens não essenciais no comércio. E para longo prazo é a paralisação, por completo, do Pólo Industrial de Manaus e o colapso na economia."

A categoria exige a reestruturação da carreira dos servidores da autarquia. Segundo Anderson Belchior, essa é uma cobrança que já dura mais de 10 anos. O presidente do sindicato diz que a falta de uma carreira atraente está afastando os servidores da Suframa.

Sonora: Com essa defasagem salarial absurda, a falta de uma carreira estruturada na Suframa, gera uma evasão absurda. A média do governo federal para saída depois de concursos é de 18%. E na Suframa está em 40%, o que inviabiliza a manutenção do projeto Zona Franca de Manaus."

Atualmente a Suframa tem 531 servidores ativos no Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia e Roraima.
 
 
 
8/06/2015 15h06- Atualizado em 08/06/2015 15h06

Categoria relata insatisfação com decisão da presidente Dilma Rousseff.
Governo Federal vetou medida que reestrutura plano de carreiras.
Diego ToledanoDo G1 AM

A greve dos servidores da Superintendência da Zona Franca de Manausx (Suframa) completa 16 dias nesta segunda-feira (8). A categoria anunciou a greve como protesto ao veto da presidente Dilma Rousseff em relação à medida provisória 660, que determina a reestruturação do plano de cargos e carreiras. Sem previsão do retorno às atividades, a greve começa a afetar a indústria. Uma medida judicial determinou que servidores da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) realizem serviços da autarquia com o objetivo de manter o funcionamento das atividades no estado.
saiba mais
A mobilização acontece em todos os cinco estados e 14 unidades em que a Suframa atua. A paralisação conta com aproximadamente 95% de adesão.

Em entrevista ao G1, o presidente do Sindicato dos Servidores da Sufram (Sindframa), Anderson Belchior, disse que a ação trata-se de uma manifestação contra o "desrespeito do Governo Federal com o servidor".
"A medida foi aprovada na Câmara com 344 votos e por unanimidade no Senado. Quando foi passada para a presidente, a medida foi vetada. É um desrespeito e, por isso, não existe previsão de retorno das atividades", afirmou.
O representante da categoria ressaltou que esta não é a primeira vez que os servidores se sentem desrespeitados pelo Executivo. Segundo ele, o acordo feito em 2014 para encerrar a paralisação da época não foi cumprido pelo Governo Federal. "Os 240 dias acordados se passaram e não foi apresentada nenhuma melhoria aos funcionários", comentou.
Mais de duas semanas após o início da paralisação, a categoria permanece sem respostas do Governo Federal. Segundo Belchior, houve uma reunião com o Ministério do Planejamento no dia 26 de maio.
"Não recebemos uma resposta definida - seja ela positiva ou negativa. Esperamos agora pelo dia 11 de maio, quando irá acontecer audiência no Congresso Nacional para discutir o veto", disse.

Impactos
Com a paralisação das atividades da Suframa, a indústria e o comércio manauense começam a sofrer os primeiros impactos. Segundo o vice-presidente da Federação das Indústrias do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, a população deve começar a sentir falta de produtos em breve.
"Existem vários caminhões parados porque a Suframa é quem faz a liberação destas mercadorias. Sem a ação dela, os equipamentos ficam parados e não chegam ao destino final. Não somos contra a mobilização, mas temos que ver até que ponto isso pode nos prejudicar de modo geral", avaliou.

Apoio
Azevedo contou ainda que uma decisão federal deve auxiliar na liberação das mercadorias e matérias-primas acumuladas em transportadoras. Segundo ele, uma ação determinou que a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz-AM) realize parte do trabalho de liberação de mercadorias.
"É lógico que algumas empresas já têm enfrentado problemas, já que tudo que entra no Amazonas depende da Suframa. Isso, com certeza, influencia também na arrecadação do Estado", falou.
 
 
 
 

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