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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Seguro RCTR-C



É Obrigatória a contratação do RCTR-C pelo Transportador
Sex, 21 de Fevereiro de 2014 16:22
A ANTT e a SUSEP consolidam entedimento sobra a obrigatoriedade de contratação do seguro de responsabilidade civil do transportador (RCTR-C) pela empresa de transporte.
Segundo o Comunicado SUROC/ANTT nº 001/2014 a empresa de transporte está obrigada a ter apólice de seguro RCTR-C como condição para o exercício da sua atividade podendo ter cassado o seu registro no RNTRC - Registro Nacional de Transportadores Rodoviário de Cargas.
Por ser um ato obrigatório do transportador estabelecido no Decreto de Lei nº 73/66, art. 20, letra "m", a sua contratação não poderá ser transferida para o embarcador.
O comunicado esclarece que a divisão ou isenção de responsabilidade prevista no artigo 13 da Lei nº 11,442/07 tem aplicação à cobertura de outros riscos não acobertados pelo RCTR-C e que forem estabelecidos de comum acordo entre as partes no contrato de transporte e na apólice de seguros.
São Paulo, 20 de fevereiro de 2014
José Hélio Fernandes
Presidente
COMUNICADO SUROC/ANTT Nº 001/2014
A Superintendência de Serviços de Transporte Rodoviário e Multimodal de Cargas – SUROC, da Agência Nacional de Transportes Terrestres, no uso de suas atribuições, com fulcro nos artigos 98 e 99 da Resolução ANTT nº 3000, de 28 de janeiro de 2009,
CONSIDERANDO diversas consultas realizadas junto à ANTT, relativas ao disposto no art. 13 da Lei nº 11.442, de 5 de janeiro de 2007, quanto à contratação do seguro de danos a terceiros,
CONSIDERANDO as condições estabelecidas pela CIRCULAR SUSEP Nº 354, de 30 de novembro de 2007, queDisponibiliza no sítio da SUSEP as condições contratuais do plano padronizado para o seguro de transportes e estabelece as regras mínimas para a comercialização deste seguro”, RESOLVE:
O seguro previsto em Lei, que trata da responsabilidade civil por danos a terceiros pertinentes ao transporte rodoviário de cargas é o seguro de RCTR-C de cunho obrigatório (Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga), consoante disposto no Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, art. 20, “m”; e no Decreto nº 61.867, de 7 de dezembro de 1967, art. 10.
DECRETO-LEI Nº 73/66
“Art. 20. Sem prejuízo do disposto em leis especiais, são obrigatórios os seguros de:
...
m) responsabilidade civil dos transportadores terrestres, marítimos, fluviais e lacustres, por danos à carga transportada.”
DECRETO Nº 61.867/67
“Art. 10. As pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado que se incumbirem do transporte de carga, são obrigadas a contratar seguro de responsabilidade civil em garantia das perdas e danos sobrevindos à carga que lhes tenha sido confiada para transporte, contra conhecimento ou nota de embarque.”
CIRCULAR SUSEP Nº 354/2007
“Art. 10. A cláusula de dispensa de direito de regresso, quando prevista, não implica a isenção da contratação dos seguros obrigatórios.”
Este seguro, por ter cunho obrigatório e por força dos artigos 1º e 2º do mencionado Decreto 61.867, de 1967, deve ser contratado pela Empresa de Transporte Rodoviário de Carga para exercício de sua atividade, sendo assim, intransferível, senão vejamos:
“Art. 1º Os seguros obrigatórios previstos no artigo 20, do Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, serão realizados com observância do disposto neste Decreto.
Art. 2º Não poderá ser concedida autorização, licença ou respectiva renovação ou transferência, a qualquer título, para o exercício de atividades que estejam sujeitas a seguro obrigatório, sem prova da existência dêsse seguro.”
O seguro obrigatório previsto no art. 13, da Lei nº 11.442, de 2007, não se confunde com o conhecido DPVAT, o qual é dirigido a todo e qualquer veículo automotor de via terrestre e diz respeito às leis de trânsito e não à legislação específica do transporte rodoviário de cargas, como a aqui tratada.
Quanto à divisão da responsabilidade por contratação de seguros citados no caput e incisos do Art. 13, da Lei nº 11.442, de 2007, diz respeito à cobertura daqueles riscos que foram estabelecidos de comum acordo entre as partes no contrato de transporte.
Finalmente, é exigível pela ANTT a prova da contratação do RCTR-C, que não pode ser transferido, por força da legislação acima citada, inclusive o próprio art. 13, da Lei nº 11.442, de 2007, que regula o serviço de transporte de cargas.
ROSIMEIRE LIMA DE FREITAS
Superintendente de Serviços de Transporte
Rodoviário e Multimodal de Cargas, em exercício

Caminhão com ácido bate e fecha a Rodovia Castello Branco

Cargas Perigosas

Um motorista morreu após uma colisão entre dois caminhões na Rodovia Castello Branco na manhã desta terça-feira (18). O outro motorista foi socorrido pelo helicóptero Águia da Polícia Militar. A rodovia estava bloqueada nos dois sentidos.
O acidente aconteceu no km 35, na pista expressa, em Itapevi. O caminhão da frente transportava ácido clorídrico, um produto altamente perigoso, segundo a CCR Via Oeste, concessionária que administra a rodovia.
Caminhão transportava ácido clorídrico, produto altamente perigoso


Fonte: Portal de Notícias G1

Excesso de Carga - Fiscalização


Transportadoras querem mais tolerância para peso dos eixos

Os caminhões da transportadora ACBJ Transportes Ltda cumprem, basicamente, a mesma rotina a cada viagem. Os veículos trafegam entre Santa Cruz do Sul e Rio Grande, levando o mesmo produto (fumo), com pouca variação de peso. “Nossa mercadoria tem em torno de 21 toneladas e mais um contêiner de 4 toneladas. O peso médio dá 25 toneladas”, garante o diretor da empresa, Júlio Henrique Gärtner.
Como a carga mantém sempre a característica? É simples, o espaço para acondicionamento dos produtos é usado em sua totalidade e, mesmo assim, os caminhões nunca atingem o Peso Bruto Total (PBT) permitido, que é de 27 toneladas, explica o diretor.
A maior dificuldade das empresas é a ausência de mecanismos de conferência dos pesos transportados por eixo

Mas só a certeza de atuar dentro dos limites estabelecidos não traz segurança para a empresa, que, mesmo seguindo o mesmo padrão, às vezes é multada por exceder o limite de tolerância nos eixos. O problema, sustenta Gärtner, só pode estar nas balanças, já que a mercadoria, ao ocupar todo espaço para transporte, não tem como se deslocar e sobrecarregar um dos eixos.

Gärtner garante que a situação se repete com outras transportadoras da região, que, apesar de contarem com tolerância, no caso de exceder ao limite previsto, sentem-se prejudicadas. Desde 2007, a tolerância limite para o peso bruto é de 5% e a tolerância por eixo é de 7,5%. Está é a questão de debates e controvérsias.
O limite de 7,5% por eixo é válido apenas até 30 de junho deste ano, quando o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) deve estabelecer um novo percentual. Antes de 2007, o limite era de 5%. Para as transportadoras, nem mesmo os 7,5% são suficientes para garantir que as empresas, mesmo quando cumprindo valores totais, escapem da multa.
Para o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Estado do Rio Grande do Sul (Setcergs), o ideal seria aumentar o percentual de 7,5% para 10%. O pedido já foi feito a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas é alvo de discussões. Comprovadamente, o excesso de peso reduz a durabilidade da pavimentação das estradas, argumento ao qual recorrem os contrários ao aumento do limite. Do outro lado, entidades que representam as transportadoras alegam que o objetivo não é aumentar o peso das cargas, mas, sim, assegurar melhores condições de aferição para as empresas.
Empresas não têm como verificar sobrecarga
Os problemas de adequação aos limites estabelecidos para o peso dos caminhões começa na distribuição das cargas entre os eixos. A maior dificuldade das empresas é a ausência de mecanismos de conferência dos pesos transportados por eixo. O diretor da ACBJ Transportes Ltda, Júlio Henrique Gärtner, explica que consegue averiguar apenas o peso total, que é cumprido dentro dos limites fixados.
“Essa forma de carregar sobrecarrega. Ou seja, eu não tenho excesso de peso e mesmo assim acabo sendo multado por excesso nos eixos”, detalha o presidente do Setcergs, Sérgio Gonçalves Neto. Ele reforça que o objetivo da entidade ao solicitar ampliação do limite atualmente vigente é evitar que as empresas sejam multadas por um erro que não estão cometendo.
Há situações em que a carga, de fato, desloca-se entre eixos, esclarece Gonçalves. Para Gärtner, há um outro fator que pode impactar negativamente nos resultados: o fato de os caminhões serem pesados em movimento (inclusive na aferição por eixo). “O movimento pode até interferir e talvez um mecanismo mais preciso evitasse distorções”, sustenta. Enquanto isso, ter um limite maior pode reduzir a incidência de multas, que se aproximam dos R$ 50 milhões por ano, para todo segmento, contabiliza o consultor técnico do Setecergs, João Pierotto Neto.
O consultor explica que estudos já comprovaram que 90% dessas multas são ocasionadas por conta do excedente que varia de 100 Kg a 300 Kg em um dos eixos, em média. “É humanamente impossível colocar a carga e o peso ficar dividido por eixo. Tem carrocerias de 15 metros em que se coloca 2 mil a 3 mil itens e não é possível dimensionar que a carga fique bem divida. Operacionalmente, é impossível fazer esse ajuste.” Pierotto classifica a situação como uma injustiça, exemplificando que, em algumas situações, os caminhões carregam uma tonelada abaixo do limite total tolerado e, ainda assim, são multadas pela diferença nos eixos.
“Nosso objetivo é corrigir a injustiça. É difícil cumprir essa legislação”, defende Neuto Gonçalves dos Reis, assessor técnico da NTC & Logística, que também reivindica aumento do percentual de tolerância para 10%. “Precisaria de grande precisão de carga. Para melhorar isso, seria necessário que cada transportador tivesse balanças que pesem o veículo por eixo.”
A condição mais preocupante, ressalta o consultor técnico do Setecergs, é a discrepância constatada entre balanças, quando o caminhão, ao passar por diferentes balanças ao longo do trajeto tem o aumento acusado em apenas uma das pesagens. “Aconteceu em algumas balanças no Paraná, onde caminhões que passaram em duas balanças e depois registraram excesso de carga na terceira.” Pierotto refuta que a razão da diferença seja a movimentação da carga durante o transporte. “O deslocamento da carga não é o principal motivo do excesso de peso por eixo, como tem se apresentado. A carga de grãos, por exemplo, se acomoda em um determinado trecho e depois não se move mais.”
A assessoria de imprensa da ANTT respondeu, por e-mail, que “pequenas variações são toleráveis devido à velocidade com que foi realizada a medição, ao abastecimento do veículo no percurso, frenagem ou aceleração durante o processo de pesagem, etc”. Ainda assim, essas diferenças não devem ser significativas. A justificativa é a de que os equipamentos de pesagem são aferidos pelo Inmetro, atendendo a “padrões exigidos para aprovação nos testes de certificação muito mais rígidos do que a tolerância que se aplica”.
Novos limites não mudam as operações nem os custos
A solicitação de mudança nos limites do percentual atualmente adotado não pressupõe qualquer mudança na operação das transportadoras, asseguram as entidades do setor. Tanto o Setecergs quanto a NTC & Logística asseguram que a intenção não é elevar o peso dos caminhões, até porque nenhuma das entidades pede aumento nos limites de Peso Bruto Total. “A tolerância é uma garantia e não é para ser usada. Ela não pode ser incorporada ao limite”, defende o assessor técnico da NTC & Logística, Neuto Gonçalves dos Reis.
Ao elevar o limite de tolerância, as entidades do setor pretendem sofrer menos com o que o consultor técnico do Setecergs João Pierotto Neto chama de “discrepâncias nas balanças rodoviárias no País”. Caso o pleito seja atendido, não haverá qualquer mudança nem nos pesos transportados, nem nos valores de frete cobrados atualmente. “O que vai mudar é que vamos coibir uma injustiça que está sendo feita hoje aos transportadores.”
Na prática, as transportadoras trabalham em cima da margem permitida, explica Pierotto. “O transportador carrega o máximo que ele pode, carregando o máximo que ele pode nessas circunstâncias.” A justificativa é simples: um caminhão usando 100% do seu potencial de carregamento ou 80% do total tem o mesmo custo de operação. Nós não toleramos excesso de peso bruto total. “Além de perder 20% que estaria transportando, as despesas são as mesmas”, esclarece o consultor.
Apesar de buscar maior eficiência, as entidades não admitem que o limite estabelecido para o Peso Bruto Total seja excedido. “Nenhum transportador quer sobrecarregar um determinado eixo, por uma questão de logística e de custo também. Queremos que o Peso Bruto Total, estabelecido por lei, seja respeitado”, argumenta Pierotto.
Excesso de carga diminui durabilidade da pavimentação, conclui estudo
Doutor em Engenharia Civil e diretor-técnico da Fundação Empresa - Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Feenge), João Fortini Albano assegura que os limites adotados para excedente de peso dos caminhões são mais do que suficientes para contemplar erros de balança ou movimentação da carga entre os eixos. Albano é autor de um estudo que comprova a redução de durabilidade do asfalto conforme aumentam os limites excedentes de peso dos veículos.
O engenheiro chegou a um percentual destacável: o excesso de carga de 20% por eixo pode reduzir o tempo de vida de uma rodovia em 30% a 40%. “Todas as estradas foram dimensionadas para um peso máximo e nós já chegamos em um limite máximo de aumentos, que não tem mais condições”, assegura. A única opção possível para admitir aumento nos limites é a de que haja um redimensionamento das estradas, ressalta, desde que o custo seja assumido pelas transportadoras. Tanto as despesas com manutenção de pavimentação quanto com redimensionamento são pagos pela população, adverte Albano.
A alegação de que as cargas se movimentam ou de que é difícil controlar o limite não justificam a elevação nos limites atualmente adotados, contrapõe o engenheiro. “Essas tolerâncias já são para considerar essas variações de deslocamento da carga. Além do mais, as tolerâncias estão sendo consideradas como limites de cargas, mas elas não são cargas permitidas”, critica.
Um outro efeito do excesso de peso, segundo alerta Albano, são os acidentes nas estradas. “Esses caminhões quando trafegam com excesso de cargas têm problema nos freios, na direção, na hidráulica e o centro de gravidade sai da posição de tolerância. Ou seja, ele fica vulnerável a acidentes, que são mais severos quando o peso está acima do ideal.”
O estudo é mais amplo e contempla a percepção de motoristas, técnicos e empresários do ramo. Albano constatou, por exemplo, que, quando há pesagem, a tendência é a de que o caminhão trafegue dentro do limite estabelecido. Caso contrário, é comum constatar elevação no peso transportado.
Enquanto 57,6% dos motoristas confiam na pesagem das balanças, apenas 15,79% dos técnicos e 8% dos empresários têm a mesma certeza. Já a percepção de que as pesagens são usadas para aumentar a arrecadação é uniforme, 41,7% dos motoristas, 44,74% dos técnicos e 36% dos empresários creditam o controle às metas arrecadatórias.
Além de ser contra o aumento, o engenheiro reforça que é importante ampliar o controle por parte do governo, com ampliação no número de balanças.

Fonte: Jornal do Comércio

Transporte terá controle único e digital


Qui, 20 de Fevereiro de 2014 12:07

Em poucos anos, a movimentação de mercadorias no Brasil por rodovias, ferrovias, hidrovias e aerovias, terá um único controle e será totalmente digital. É que o planeja os órgãos de fiscalização, planejamento e regulação dos governos federal e estadual. O objetivo, dizem, é tornar o serviços de transporte e logística modernos e eficientes - de primeiro mundo - e reduzir os custos na cadeia produtiva.

Além de ter subsídios para planejar e reduzir os riscos aos investidores sejam públicos ou privados. Com isso, o governo também terá ferramentas para arrecadar mais impostos e traçar um perfil da economia brasileira. Essas são as conclusões do encontro organizado pela Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Santa Catarina (Fetrancesc), na manhã de sexta-feira, no Sest Senat Florianópolis sobre o Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais integrado com o Código Identificador de Operações de Transporte (Ciot), Vale Pedágio e Registro Nacional de Transportador Rodoviário de Carga (RNTRC).

O presidente da Fetrancesc, Pedro Lopes, ao abrir o evento ressaltou que essa é uma das muitas reuniões que serão feitas para tratar das mudanças exigidas pelo governo. Serão realizados encontros regionais nos próximos meses, avisou. Ele disse que quando pediram o RNTRC havia muitas dúvidas e se fez, o CT-e parecia assustador e se fez e está sendo usado. "Nós estamos preparados para enfrentar essas mudanças. Não interessa a data. E não tem volta, porque o Estado passou a ter o controle daquilo que não era controlado. É a tecnologia de controle avançado."

O presidente da Federação das Empresas de Transporte de Carga do Paraná, Sergio Malucelli participou do encontro e destacou que é importante a parceria entre as federações especialmente nesse trabalho de debater com o transportador essas mudanças. E ouvi-los, porque as sugestões de quem está na ponta são importantes para que o governo adote medidas viáveis para o Brasil.

Começou com o Registro Nacional
Há mais de três anos, a ANTT iniciou processo de identificação do transporte rodoviário de carga com o cadastramento de todas as empresas para que cada veículo tivesse o RNTRC. E agora, ainda neste ano, deverá haver um recadastramento para tornar o Registro eletrônico.

No ano passado, passou a valer o pagamento eletrônico para o transportador autônomo, cooperativas de transporte e empresas com até três veículos. Esse processo substituiu a Carta-frete, mas para concretizar a operação o contratante precisar de um CIOT, emitido pela ANTT.
Em dezembro do ano passado, entrou em vigor a última etapa do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) da Fazenda Estadual e em janeiro começou a primeira etapa do MDF- da Receita Federal e que deve ser concluída ainda neste ano. Esses são documentos fiscais que registram uma prestação de serviços de transportes, que pela assinatura digital do emitente tem garantida a validade jurídica.

Durante o encontro desta manhã, no Sest Senat, diretores da Fetrancesc, presidentes dos Sindicatos associados, empresários do transporte, assessores jurídicos, contadores e profissionais da área de informática conheceram os três projetos do governo federal e da ANTT que darão sequência ao monitoramento da produção econômica brasileira através do transporte próximos.

O gerente interino de Regulação da Agência Nacional de Transporte Terrestre, José Aires do Amaral Filho, explicou que o órgão trabalha na definição do projeto de Fiscalização Eletrônica porque concluiu que hoje todo o trabalho de fiscalização tem pouca eficácia para coibir o transporte clandestino, o excesso de peso e outros problemas dos diversos modais.
Por isso, segundo ele, além de reforçar os controles como o recadastramento para tornar o RNTRC Eletrônico, no qual constam todos os dados do veículo - e do CIOT, a agência vai montar um banco de dados com informações de outros órgãos como do CT-e, do MDF-e."Surgiu a ideia de integração e por isso, se exigiu uma série de mudanças que no início são difíceis, mas que trarão redução de custos", disse o gerente interino.

A Agência pretende ainda, instalar uma tag (etiqueta eletrônica) nos veículos e nas cargas e colocar nas rodovias federais as antenas ou usar as disponíveis para esse tipo de sistema. Quando o veículo passar por esses pontos, será feita a leitura de dados do veículo e da carga.
Mas antes mesmo de carregar em uma determinada empresa, a Fazenda Estadual, a Receita e a ANTT saberão se o veículo está regular, com os impostos em dia, qual carga vai transportar, o roteiro, o destino e se o embarcador pagou o Vale Pedágio. Todas essas informações devem ser repassadas a esses órgãos que liberam a operação. "Serão três vertentes de fiscalização: na rodovia verificar o excesso de peso e pesagem dinâmica e sem ter de parar a cada veículo; a fiscalização nos principais portos e a fiscalização de principais pontos de fronteira, enfatizou Amaral Filho.

A Receita Federal também prepara o seu controle é o Brasil ID.
O governo federal quer reduzir alguns números assustadores no transporte de carga. Por ano são R$ 930 milhões de recursos perdidos com os roubos de mercadorias; mais R$ 9 bilhões de perdas em acidentes; 10% dos grãos são desperdiçados no transporte e na armazenagem. "O Brasil produz os grãos mais baratos do mundo e são os mais caros quando chega ao porto", apontou vice-presidente da Bluecorp, Manoel Poppe, que elabora o Brasil ID.
Ele explicou que a base de seu trabalho é identificar, monitorar e rastrear os veículos e as cargas em movimento no Brasil.

Segundo Poppe, a Receita Federal pretende, com isso dar mais agilidades nos processos de fiscalização e menos tempo de parada nos postos alfandegados. Para esse controle o transportador terá que colocar uma tag em seu veículo com diferentes funções, para pagar pedágio, para o controle da própria Receita, como rastreador pela empresa dona do veículo, acompanhar o trajeto e se o lacre eletrônico do baú foi violado, se houve roubo da mercadoria e dar mais segurança à viagem".

Um projeto piloto será desenvolvido para homologar o Brasil ID. Para isso, será aproveitado o projeto do Non Stop da secretaria da Fazenda o Mato Grosso para avaliar as viagens entre o Mato Grosso e o Porto de Santos. Este foi escolhido para dar celeridade ao processo de descarga ou carga no terminal. Basta passar pela antena e se tudo estiver correto e já agendado no terminal, é só fazer a operação. Não precisa de vários funcionários para olhar e conferir os papéis.

Um empresário lamentou o fato de o governo só exigir eficiência dos transportadores. Segundo ele, mais de 90% dos problemas são provocados pelos órgãos de governo, que não ajudam e só penalizam o transportador. "O motorista carrega no horário mas fica patinando 10, 12 horas à espera da assinatura do certificado do veterinário para seguir viagem, chega no porto os funcionários públicos federais estão em greve. Não recebem a mercadoria. Então como que isso não é do governo. Sim senhor, isso é do governo."

O Observatório vai subsidiar decisões de investimentos
A Empresa de Planejamento e Logística (EPL) do governo federal prepara uma base de dados que se chamará Observatório Nacional de Transporte e Logística que terá a finalidade de oferecer subsídios aos que planejam investir na infraestrutura brasileira no segmento de transporte. Sem esses dados, o mercado brasileiro não sabe onde investir, quando investir e quanto investir disse o assessor técnico do núcleo de Pesquisa e Desenvolvendo Tecnológico da EPL, Welington Evangelista.
Os primeiros dados úteis para o mercado devem estar disponíveis no fim deste ano. As informações para esse Observatório virão dos controles que o governo faz do transporte como o Ciot e o Manifesto Eletrônico. Haverá levantamento sobre os pontos de novos traçados de rodovias e ferrovias que não tenham impedimentos ambientais, estruturais e terras indígenas ou de quilombolas. Isso dará mais segurança ao investidor e evitar a perda de tempo, garantiu Poppe.

O problema de infraestrutura está ligado à falta de planejamento

O gerente comercial da Cooperoeste, Marcos Cerato, perguntou quando o governo vai se preocupar em resolver o gargalo muito forte de infraestrutura, mais visível em rodovias e portos. Cerato acha importante a tecnologia, mas perguntou se com esse controle, que deve aumentar a arrecadação de impostos, há uma conversa entre ANTT e o governo para aumentar a infraestrutura de estradas. "Meu medo é que daqui a alguns anos tenhamos uma tecnologia de 2030 e estradas de 1940', afirmou Ceratto.

De acordo com Evangelista, apesar de não ser de sua área, tem conhecimento um estudo sobre investimentos. O gerente comercial da Cooperoeste também disse que o governo não se preocupou com a infraestrutura quando facilitou a fabricação de caminhões com juros mais baixos. "Uma atitude duvidosa, talvez para movimentar algumas indústrias. Estamos perto de um apagão. "Gostaríamos que levassem essa preocupação aos diretores da ANTT."

Poppe explicou que a EPL foi criada para isso. Todo esse projeto de tecnologia é para suprir essa falta de informações que existe sobre o setor e que impede que seja feito um planejamento adequado e eficaz. "Temos o problema que temos por falta de planejamento. E nós temos falta de planejamento por falta de informação e conhecimento do setor de transporte. O Brasil precisa disso. Só tomamos atitudes quando o problema está ocorrendo e isso não permite que a gente tenha uma infraestrutura de transporte eficaz adequada à nossa realidade", finalizou Poppe.

Transportadores ainda têm dúvida sobre MDF-e

Uma preocupação dos transportadores presentes no encontro da Fetrancesc é sobre a implementação do Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) que começou a valer em janeiro e será por etapas até o fim deste ano. O presidente do Seveículos, Emílio Dalçoquio Neto, reclamou por achar que o tema seria esse da reunião. Para ele ainda há dúvida. O diretor da Fetrancesc, Sizenando Andriani, questionou também sobre MDF-e.

O esclarecimento veio do diretor da MWork, Marcelo Woiciechovski. Ele garantiu que não há nada de diferente no preenchimento e uso do Manifesto digital do que se fazia no papel. A única mudança é que após a entrega da carga é preciso dar baixa desse documento fiscal eletrônico, porque se o transportador não fizer não poderá realizar outro frete. Ele colocou sua equipe à disposição para auxiliar a quem desejar, a tirar as dúvidas. A MWork desenvolveu em parceria com a Fetrancesc o conhecimento eletrônico Total CT-e e também o MDF-e, ferramentas simples, fáceis de usar e com baixo custo.


Fonte: NTC&Logística com informações da Fetrancesc

Déficit de motoristas profissionais faz Sest/Senat oferecerem 50 mil CNHs de graça

Criado em 24 Fevereiro 2014 Categoria: Adamo Bazani
 
Contemplados serão obrigados a ingressar no setor de transportes. Se desistirem, terão de pagar a emissão da carteira.

ADAMO BAZANI – CBN

50milCNH
Baixos salários diante da responsabilidade, estresse, cargas horárias altas, violência, desvalorização por parte das empresas e da sociedade, além do acesso maior a atividades educacionais.

Apaixonante pelo seu exercício, mas com estas dificuldades, a profissão de motorista, seja de ônibus, vans ou caminhões e carretas já não atrai mais tantos interessados, principalmente os jovens.
Estimativa do Sest/Senat – Serviço Social do Transporte/Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte mostra que há um déficit de 50 mil motoristas profissionais em todo o País.
Por isso, a entidade realiza uma campanha voltada para jovens de até 25 anos de idade para a emissão gratuita da primeira CNH.
O projeto Primeira Habilitação é voltado para jovens cuja renda familiar é de até três salários-mínimos.
Inicialmente, o jovem tira a carteira da categoria B, mas deve continuar os cursos de formação para se tornar profissional da área.

Após estes cursos, o Sest/Senat vai viabilizar a mudança da categoria para D (ônibus e caminhões) e E (ônibus articulados e carretas).

O programa deve beneficiar 50 mil jovens.

Quem aderir ao programa deve continuar no setor de transportes. Se sair, deve ressarcir os custos de emissão das carteiras.

As seleções são feitas nas unidades do Sest/Senat e em sindicatos de empresas de ônibus e transportadoras de cargas conveniados.

O telefone para informações é: 0800 728 2891.

Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes

FOTO:
Ônibus em Terminal Rodoviário de Santo André. Motoristas passam realidades diferentes entre empresas e segmentos. Profissão não atrai como no passado. Déficit é de 50 mil profissionais e Sest/Senat criou programa para emissão de carteira para jovens carentes. Foto: Adamo Bazani.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Enchente - Rondonia e Acre




ENCHENTE - BR 364 é fechada e isola Acre

 
Quinta-Feira, 20 de Fevereiro de 2014 / 01:00 - Atualizado em Quinta-Feira, 20 de Fevereiro de 14 / 10:53
 
A Polícia Rodoviária Federal divulgou nota esclarecendo sobre o fechamento da BR 364, no trecho do Km 868 até o Km 871 - sentido Acre - devido a cheia do rio Madeira, que já está tomando conta de parte da pista e dificultando o acesso dos veículos. Para piorar ainda mais a situação os trechos alagados apresentam correntezas. O DNIT demarcou o trecho de risco sinalizando com estacas. Confira abaixo a nota (atualizada):

NOTA DA PRF - Em virtude do trecho compreendido do km 868 até o km 871 da BR 364 sentido Acre estar tomado pelas aguas do rio Madeira e apresentar forte correnteza no local, a Polícia Rodoviária Federal em conjunto com o DNIT visando a manutenção da segurança e preservação de vidas dos usuários da rodovia interrompeu o tráfego dos veículos pequenos neste local as 19 horas de ontem (19.02) da BR 364 sentido Acre.
No que se refere aos veículos maiores, o DNIT está fazendo a instalação de estacas para sinalizar a rodovia, caso a sinalização surta o efeito esperado os veículos grandes poderão passar, caso contrario a pista será interrompida também para esta categoria de veículos
Pedimos a compreensão e o apoio da população para aguardarem para efetuarem sua viagem pois, na primeira hora de amanhã uma equipe de técnicos do DNIT irá efetuar uma avaliação da rodovia e caso esta apresente melhores condições de transitabilidade, a pista será liberada
Estamos trabalhando visando garantir a segurança dos usuários da rodovia.
Confira vídeo sobre a situação da BR 364 na região de Abunã e Mutum-Paraná publicado ontem no site AC24Horas.

Fonte: prf
 

BR-364 que liga Rondônia ao Acre é interditada

Água sobre a rodovia chega a quase um metro; trafegabilidade de caminhões para abastecimento do Acre está impedida


 
PORTO VELHO - A BR-364, rodovia que liga Porto Velho (RO) ao Estado do Acre, está interditada completamente desde a noite de quinta-feira (20) devido a cheia histórica do rio Madeira e afluentes. De acordo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a suspensão do trânsito foi necessário devido a alagação chegar a quase um metro de altura no trecho que compreende os quilômetros 701 ao 868. Todo tipo de transporte está proibido, inclusive os caminhões que utilizam a rota para abastecer o Estado do Acre.
 
 
 

Chuvas na região
A expectativa do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) é que o rio Madeira passe a ter vazão de água a partir do dia 24, mas a chefe de operação na região, Ana Strava, alerta que essa é uma semana crítica para o rio Madeira. "O manancial está recebendo um grande volume de água proveniente das precipitações que ocorreram no dia 14 na cabeceira, mas precisamente na bacia do rio Beni", explica.
 
21/02/2014 12h36- Atualizado em 21/02/2014 12h36

Veja fotos da enchente histórica em Porto Velho nesta sexta

Nível do Rio Madeira atinge 18,01m, cota máxima dos últimos 50 anos.
 

 
 Notícia
Cidades
23/02/2014
16h02
por Portal Amazônia, com informações da Agência Brasil

Rio Madeira atinge 18 metros e Rondônia pode decretar estado de calamidade

Defesa Civil do Estado estima que existam mais de 2 mil famílias desabrigadas somente em Porto Velho

Aumento no nível do rio, o governo estadual de Rondônia estuda decretar estado de calamidade, segundo informou o coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Pimentel. De acordo com ele, o número de famílias desabrigadas somente em Porto Velho pode ultrapassar 2 mil.
Um relatório do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) aponta que quatro rodovias federais no Estado estão com o trânsito prejudicado. A BR-319, que passa por Porto Velho, está alagada e o trânsito liberado apenas em meia pista. Na BR-425, que passa por Guajará-Mirim, também há alagamento.
O Dnit trabalha para disponibilizar uma rota alternativa pela BR-421, que corta as cidades Nova Mamoré, Nova Dimensão e União. Na BR-429, na altura do quilômetro 116, entre Alvorada do Oeste e São Miguel do Guaporé, houve rompimento do aterro da cabeceira da Ponte de Madeira sobre o Igarapé Sossego. O tráfego está liberado apenas para veículos leves.
 
Já na BR-364, que liga Porto Velho ao Acre, entre os quilômetros 800 e 871, ainda há água sobre a pista. Equipes do Dnit estudam a instalação de barreiras para conter o avanço da água. Homens da Força Nacional de Segurança Pública também atuam para controlar o fluxo de carros entre os dois Estados.
Na capital acreana, Rio Branco, a situação tende a se estabilizar. O nível do rio Acre diminuiu e neste sábado atingiu a marca de 15 metros.
No Amazonas, equipes do DNIT providenciam um desvio no quilômetro 280 da BR-230, que liga Apuí a Humaitá, por causa do rompimento de um bueiro.
 
por Vanessa Moura - jornalismo@portalamazonia.com

Enchente afeta mais de 500 mil pessoas e ameaça abastecimento em Rondônia

Estado declarou situação de emergência e Defesa Civil pede que população economize combustível e evite viagens

PORTO VELHO - A coordenadoria da Defesa Civil de Rondônia apresentou, nesta sexta-feira (14), mapeamento dos locais afetados pela inundação do rio Madeira e as atividades da Operação Enchente nas últimas 24 horas. Conforme a pasta, estão em situação de emergência as cidades de Rolim de Moura, Santa Luzia do Oeste, Nova Mamoré, Guajará-Mirim e Porto Velho, juntamente com o distrito de Jacy-Paraná. Segundo estimativa, 570 pessoas são afetadas pelas inundações nos seis municípios.

O nível do rio Madeira chegou a 17,38 metros nesta sexta-feira (14). A previsão do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) é que chegue a 18m no dia 20. "A estimativa do dia 20 foi feita há 10 dias, consideramdo margem de erro de 25cm", explica a representante do Sipam, Ana Paula Strava. Sobre o cenário após esta data, a especialista afirmou que "a perspectiva é que o nível do rio se mantenha acima das médias históricas até a primeira semana de março".

O coordenador da Defesa Civil de Porto Velho, José Pimentel, espera que o nível do rio não ultrapasse os 18 metros. "Se isso acontecer nós vamos atingir uma área muito grande no município", preocupa-se. Último levantamento feito na quinta-feira (13) registrou 345 famílias retiradas de áreas de alagações na cidade. Destas, 65 famílias estão abrigadas na Escola Maria Izaura, no bairro Costa e Silva, e outras 50 estão no Ginásio da escola Eduardo Lima e Silva.
Bairro Triângulo também é dos pontos mais afetados com a cheia do rio Madeira.Foto: DivulgaçãoBairro Triângulo também é dos pontos mais afetados com a cheia do rio Madeira.Foto: Divulgação
 Defesa Civil de Rondônia fala sobre medidas em relação a cheia do rio Madeira. Foto:Vanessa Moura/ Portal Amazônia 
Defesa Civil de Rondônia fala sobre medidas em relação a cheia do rio Madeira. Foto:Vanessa Moura/ Portal Amazônia
Área onde se concentra as empresas petrolíferas de Porto Velho.Foto: Divulgação
Área onde se concentra as empresas petrolíferas de Porto Velho.Foto: Divulgação
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Área onde se concentra as empresas petrolíferas de Porto Velho.Foto: DivulgaçãoPimentel disse ainda que o consórcio responsável pela usina de Santo Antônio ajudou no realocamento de famílias do Baixo Madeira para o reassentamento Novo Engenho Velho, que também fica na margem esquerda do rio. ''Parte dos moradores foram para casa de parentes e a Arquidiocese disponibilizou igrejas católicas para servirem de abrigo. A Escola Maria Izaura está com sua capacidade esgotada. A Prefeitura locou alguns apartamentos que serão liberados a partir de amanhã (15). São apartamentos que vão abrigar 40 famílias'', afirma.
Parte da praça Estrada de Ferro Madeira- Mamoré  foi interdita devido a invasão das águas do rio Madeira. Foto: Divulgação
O distrito de Jacy-Paraná é um dos pontos críticos de alagação.Foto: Divulgação
 Segundo Pimentel, esses abrigos ainda não são suficientes, mas já foi solicitado apoio do Exército. O Exército, segundo o coordenador, pode fornecer barracas com capacidade para 14 famílias e precisa do respaldo do Ministério da Defesa para o Kit 100, estruturas que atenderão a 100 famílias. A Coordenadoria da Defesa Civil de Porto Velho conta com cerca de 200 pessoas em campo para o trabalho de apoio aos desabrigados.
Para o coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Ubirajara Caetano, as áreas mais críticas em Porto Velho estão na parte ribeirinha. Ele listou regiões na margem direita fo Baixo Madeira, a área próxima à Estrada do Belmont onde se concentra as indústrias petrolíferas e os distritos de Jacy-Paraná e a Fortaleza do Abunã.

Ainda segundo o coronel, bases de apoio serão montadas em Guajará-Mirim e nas comununidades ribeirinhas de Porto Velho: Calama e São Carlos. Essas bases fornecerão alimentos e medicamentos pas as famílias atingidas pelas alagações.

Monitoramento aéreo
O coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Ubirajara Caetano, realizou um voo de Porto Velho até próximo a usina de Jirau, no distrito de Jaci-Paraná para ter dimensão dos alagamentos nessas áreas. Foram identificados pontos crítico como o da ponte sobre o rio Araras, que dá acesso a Guajará- Mirim. As águas também ameaçam invadir a ponte em Jacy-Paraná, na BR-364. O nível da água já está no limite da ponte.
Além do isolamento de comunidades no Baixo Madeira, a Defesa Civil alerta que a enchente causa transtornos para o abastecimento de combustível. O coordenador da Defesa Civil de Rondônia explicou a logística do combustível em Rondônia. "Todo combustível, diesel e gasolina vem das refinarias de Manaus, entra em Rondônia pelo rio Madeira e é transferido para os caminhões. A transferência de combustível é por tubulação e se o nível do rio aumentar vai encobrir a tubulação e paralisar a atividade", afirma.
 
O coordenador pede a colaboração da população. "Aqueles que não precisam utilizar carros, não utilizem. Aqueles que pensam em ir para Guajará-Mirim, esqueçam porque não tem estrada. Nem para o Acre se for só para turismo. É um desastre natural, então evitem de usar as rodovias. É muita chuva, é perigoso tem as questões dos acidentes'', afirma. O coronel disse ainda que o combustível já estão sendo racionados para a Termo Norte.
O problema de abastecimento de combustível também ameaça a distribuição de energia da Termo Norte faz para Rondônia, Acre e Mato Grosso. O coronel Caetano disse que já tem um planejamento caso isso aconteça. ''Vamos avisar o ministro de Minas e Energia para autorizar a gente a fazer uma operação simples que faz com que a energia da Termo Norte seja complementada com a energia gerada pelas usinas de Jirau e Santo Antônio'', afirma.
Efetivo
Para a Operação Enchente são utilizados três helicópteros, dois aviões, oito carros, cinco embarcações e seis caminhões. Também foi empregado um efetivo de cerca de 170 servidores nas primeiras 24 horas da operação, sendo bombeiros, soldados, voluntários e funcionários municipais. A Operação enchente retirou 212 famílias em áreas de riscos e realizou o salvamento de pessoas isoladas pela inundação dos Alto a Baixo Madeira.
Na quinta-feira (12), o governador Confúcio Moura decretou situação de emergência por causa das cheias dos rios em Rondônia. A etapa de situação de emergência mostra que os desastres ambientais são graves, mas ainda não é a fase mais caótica. Quando a situação está fora de controle, aí sim é decretado estado de Calamidade Pública, que é a classificação mais grave do problema.

Suframa - Greve AM, AC, RO, RR e AP

20/02/2014 23h14- Atualizado em 20/02/2014 23h30

Caminhoneiros temem ficar presos no Acre devido a greve da Suframa

Motoristas temem que Rio Madeira continue a subir e BR-364 fique fechada.
Greve dos servidores da Suframa foi deflagrada nesta quarta-feira (19).


Veriana RibeiroDo G1 AC


Mais de 30 caminhões estão no pátio da Suframa, em Rio Branco (Foto: Veriana Ribeiro/G1)Mais de 30 caminhões estão no pátio da Suframa, em Rio Branco (Foto: Veriana Ribeiro/G1)

O pátio da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) no Acre está lotado de caminhoneiros com mercadorias paradas devido a greve dos servidores da autarquia, deflagrada nesta quarta-feira (19). Os motoristas temem que a greve, as entregas atrasem e, com a cheia do Rio Madeira (17,93m), não consigam retornar pela BR-364.
Márcio Rogério Gatto está vindo de Santa Gertrudes (SP) e já está preocupado com a situação da demora. "Meu medo é, devido essa paralisação, a gente demore para entregar a mercadoria e acabe sem ter como voltar, por conta da cheia do Rio Madeira. Se isso acontecer, é mais prejuízo para a gente", afirma.
O motorista diz que são mais de 30 caminhões parados no pátio da Suframa e em postos de gasolinas próximos ao local. Ele explica que há um prejuízo grande para a categoria. "Aqui a média de prejuízo para cada caminhão que fica parado é de R$800. Se agente contar, vai aí mais de R$ 6.000, porque deve ter aqui mais de 30 caminhões. Muita gente já conseguiu descarregar, porque desistiu do desconto para favorecer a descarga", explica.
O motorista Ricardo Fernandes conta que teve que passar por dois pontos críticos de alagamento da BR-364 para chegar ao Acre, além de ficar parado em uma manifestação em Jaci Paraná. Segundo ele, quando chegou no Acre, ainda foi pego de surpreso pela greve da Suframa. "Eu não sabia que estava tendo greve, soube quando cheguei aqui. Se eles não trabalham, a gente não tem como descarregar", reclama.

Os motoristas contam que estão conversando com órgãos como a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Ministério Público (MP), para que eles intercedam nas negociações. "Eles aconselharam a gente a não fazer uma manifestação e nem tentar fechar a BR. Mas vai chegar um momento que a gente vai ter que fazer isso, a situação está ficando cada vez mais difícil. Não tem mais espaço no pátio e a gente não tem segurança", afirma Fernandes.
O motorista Altair Back já está preocupado. Ele afirma que não há condições seguras para os motoristas e que cada dia parado gera gastos. "Estamos dependendo desse carimbo para entregar a mercadoria. Não estamos dizendo que eles estão errados de fazer a greve, mas tinha que ter um atendimento mínimo de 30%. Não moramos aqui, a gente fica à deriva gastando dinheiro, temos que pagar para usar banheiro e tomar banho. Quem vai ressarcir a gente?", reclama.
Estão retidos no pátio da Sufra, os produtos que recebem benefícios fiscais, explica Renato Santos, representante do Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sindframa) no estado. "Nós temos aqui ferro, refrigerante, enlatado. Praticamente todos os produtos industrializados que entram aqui no estado, com exceção dos produtos da cesta básica. Na sua maioria, os produtos [cesta básica] que entram aqui no estado já são isentos de tributação. Outros produtos que não são adquiridos por indústrias, e sim por distribuidores, podem descarregar", afirma.
Suframa Acre  (Foto: Caio Fulgêncio/G1)
Servidores da Suframa deflagraram a greve nesta quarta (19) (Foto: Caio Fulgêncio/G1)

O sindicalista defende que a Suframa não é considerada serviço essencial e que está trabalhando internamente, porém, o atendimento aos caminhões ficara restrito para os produtos perecíveis da cesta básica, remédios, vacinas e produtos hospitalares, que continuam recebendo atendimento da Suframa. Todos os demais, devem ficar retidos no parque se quiserem receber o benefício. "Gás, combustível, bebida alcoólica, nenhum desses fica detido. Só aqueles que possuem benefício de isenção fiscal é que vão ficar detidos", explica.
Além do Acre, a interrupção dos serviços ocorre em todos os estados da Amazônia Ocidental: Amazonas (AM), Rondônia (RO), Roraima (RR) e os municípios de Macapá e Santana, no Amapá (AP).
De acordo com o sindicalista, a greve foi deflagrada, porque o Governo Federal fechou os canais de diálogo com a categoria, mesmo tendo ocorrido uma paralisação em novembro de 2013. A categoria quer debater com o governo a ausência de autonomia administrativa e financeira da Suframa, a falta de interiorização do desenvolvimento e a reestruturação do Plano de Cargos e Carreiras da instituição.
Santos acrescenta que as negociações ocorrem em Manaus e está marcada uma conversa nesta sexta-feira (21), mas o sindicalista teme que a situação fique crítica caso as negociações demorem.
"A gente atende uns 50 a 60 caminhões por dia, de produtos diversos. A chegada maior é na segunda-feira. Pode ter uma fila enorme na BR e vai ficar um caos, porque estão vindo vários caminhões de Rondônia", finaliza.

Suframa - Nova Greve






19/02/2014 23h52- Atualizado em 20/02/2014 13h45

Servidores da Suframa iniciam greve geral por tempo indeterminado, no AM

Categoria quer melhorias salariais e reestruturação física de unidades.
Ingresso de mercadorias em Manaus pode sofrer danos, diz órgão.

Do G1 AM
 
Servidores da Suframa querem melhorias salariais  (Foto: Jamile Alves/G1 AM)Servidores da Suframa querem melhorias salariais (Foto: Jamile Alves/G1 AM)
Cerca de 400 servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) iniciaram uma greve geral, por tempo indeterminado, a partir desta quarta-feira (19). Eles reivindicam a reestruturação do plano salarial e exigem também melhorias na infraestrutura das sedes da superintendência espalhadas pelo Norte do país. Ao todo, cinco estados, entre eles o Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima e Amapá, já aderiram a paralisação. De acordo com o órgão, a greve poderá causar danos ao ingresso de mercadorias no mercado local.
Segundo o superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, no momento, o órgão se articula com o propósito de manter as atividades mínimas na sede, bem como serviços essenciais, como o fornecimento de insumos alimentícios e medicamentos. "Eventualmente se nós tivéssemos uma paralisação absoluta e completa nós teríamos prejuizos muito grandes. Mas nós estamos trabalhando no sentido de dialogar para que isso possa ter uma minoria nos danos. A greve é um direito do trabalhador. Eles tem liberdade de decisão e nós respeitamos", disse.
 
De acordo com Nogueira, reuniões com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) têm sido realizadas sobre as reivindicações de servidores. O superintendente afirmou que busca manter Brasília informada sobre as pautas em discussão e que aguarda uma manifestação do Ministério do Planejamento para decidir sobre a questão. "Ainda hoje teremos uma reunião com o (MDIC) para definir os próximos passados", contou.
Pela manhã, a comissão grevista se reuniu junto com o superintendente para discutir sobre os desdobramentos e impactos da greve. De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sindframa), Anderson Belchior, uma "proposta verbal" não impedirá a paralisação. "Ele [Thomaz Nogueira] não nos apresentou nenhum documento na reunião, nada que nos desse respaldo de que nossas reivindicações seriam atendidas. Assim não é possível que haja acordo", afirmou.
Conforme Belchior, um servidor de nível superior da Suframa recebe mensalmente um valor salarial equivalente a R$ 4.500, valor inferior a um servidor de nível médio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), por exemplo. "No Ipea, um auxiliar de serviços gerais ganha R$ 4.690. A defasagem salarial é muito grande, essa é a nossa prioridade. Em segundo vem a restruturação física das unidades da Suframa, que estão abandonadas, como o caso de Guajará-Mirim, em Rondônia. Quando chove os servidores tem que andar de botas porque alaga tudo, pois não foi pavimentado", disse o vice-presidente do sindicado.
Ainda segundo ele, as atividades essenciais de suporte a vida, como a liberação de medicamentos, materiais hospitalares e insumos alimentícios, serão mantidas conforme orientação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério Público Federal (MPF). Belchior afirmou também que a greve segue por tempo indeterminado. "Existem servidores trabalhando em todas as unidades, como no aeroporto e no Porto da Ceasa. Se tiver boa vontade do Ministério do Planejamento, amanhã a gente sai da greve. Caso contrário, não temos prazo para encerrar a paralisação", concluiu.
Em cartazes espalhados pela entrada da sede da Suframa, servidores questionavam a prorrogação da Zona Franca de Manaus, frente as condições salarias e de infraestrutura. Em coletiva, o superintendente do órgão, Thomaz Nogueira, afirmou que deve apresentar uma resposta aos servidores até esta sexta-feira (21).
 
Misrai Barbosa
há 4 dias
Sr. Belchior, não está sendo liberado nada, improcedente suas informacoes, estivemos hoje na sede do órgão da Suframa, para realizar a liberacão de um medicamento perecivel e o Agente de carga foi tratado como palhaço, é mais bonito falar a verdade viu, porque ai não temos que ficar perdendo tempo indo lá no centro sul da cidade para não resolver e ainda ser desrespeitado, absurdo!
 
Joao Pedro
há 4 dias
tem q fazer uma resciclagem nos funcionarios da suframa, sao todos da velha guarda pelo visto, e nao parecem estar preocupados, na foto estavam todos rindo

 
 
 
 
 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Trecho da BR-010 entre Açailândia e Imperatriz está interditado

A interdição começou por volta das 2h deste sábado (15), por conta da chuva que começou na noite de ontem (14)

Em sábado 15 fevereiro 2014 às 8:30, por Edigeny Barros

Atualizada às 11h40
A BR 010 está “cortada” no Povoado Km 1700, entre Imperatriz e Açailândia. A interdição começou por volta das 2h da manhã deste sábado (15). Dezenas de ônibus e caminhões, sem saber do perigo logo à frente, se aglomeraram, tendo que retornar ao destino inicial. Um desvio foi feito pela Estrada do Arroz.
br
Com o volume da enxurrada, a cratera já está nas duas vias da pista
br-010-KM1700_JESNEMMORAIS
Uma equipe do Dnit esteve no local e já sinalizou a via
Uma cratera em uma das vias foi o que causou a interdição da pista. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit) sinalizou o local e uma equipe tenta realizar o reparo da pista, com maior reforço a partir de segunda-feira (17).
O trecho já havia sido interditado antes, por conta das chuvas e como medida de contenção, colocaram novas manilhas, que foram arrastadas devido à enxurrada que escorreu por elas com a chuva da noite desta sexta-feira (14).
BR-010
A interdição começou por volta das 2h deste sábado (15)